Agência Panafricana de Notícias

Marinha líbia acusa ONG alemã de ter provocado morte de cinco migrantes no Mediterrâneo

Tripoli, Líbio (PANA) – A Guarda Costeira líbia acusou a Organização não Governamental (ONG) alemã “Sea Watch” de ter “causado a morte de cinco migrantes”, garantindo que a sua intervenção nas operações de salvamento “os perturbou e provocou o caos”.

"A operação de salvamento pela tripulação da fragata (Ras Jedir) dos migrantes num barco pneumático cujo motor esteve avariado deu lugar à intervenção do barco da ONG alemã Sea Watch, provocando o caos e a confusão entre os migrantes. Todo o mundo quis ir para a organização alemã, mesmo os que foram evacuados a bordo do barco dos guardas costeiros", indica um comunicado do Gabinete de Informação da Marinha Líbia divulgado no início desta semana.

A nota acrescenta que muitos deles (migrantes) saltaram da fragata com a intenção de ir para o barco Sea Watch, que se recusou a seguir as instruções da Guarda Costeira líbia de partir e ficar de fora, causando a morte de vários migrantes ilegais que tentavam chegar ao navio da organização alemã.

"Esta última lançou dois pneus para o mar, provocando uma correria entre os migrantes”, segundo ainda o comunicado.

A ONG alemã Sea Watch denunciou, por seu turno, o que qualificou de "comportamentos violentos" da Guarda Costeira líbia, notando que cinco migrantes dos quais uma criança foram mortos segunda-feira de manhã no Mediterrâneo.

De acordo com a ONG alemã, os guardas costeiros italianos lançaram um apelo à Sea Watch 3, que retomou as suas operações na semana passada, para salvar um barco pneumático que naufragou a 30 milhas náuticas da Líbia.

Do seu lado, “o barco (Ras Jedir) conseguiu salvar 47 migrantes ilegais dos quais 30 mulheres e uma criança a bordo do barco pneumático a 30 milhas náuticas no norte da zona de Sidi Belal”, indica a Guarda Costeira líbia .

A Guarda Costeira confirmou que o corpo médico internacional forneceu uma ajuda humanitária e médica e ajudou na transferência de duas pessoas para o hospital, enquanto as outras foram entregues ao centro de retenção de Tajoura.

-0- PANA BY/IS/SOC/FK/IZ 8nov2017