Agência Panafricana de Notícias

Mais de 500 pessoas mortas do vírus de Ébola em seis meses na RD Congo

Kinshasa, RD Congo (PANA) – Quase 505 das 806 pessoas afetadas pela doença do vírus de Ébola morreram desde o início desta epidemia a 8 de agosto de 2018 nas províncias de Kivu-Norte e de Ituri, no leste e nordeste respetivamente da República Democrática do Congo (RDC), indicou um comunicado do ministério da Saúde transmitido à PANA.

Segundo este comunicado, sobre a situação epidemiológica desta doença nas províncias de Kivu-Norte e de Ituri, 273 pessoas foram curadas, graças ao trabalho dos médicos mobilizados contra este flagelo.

Dos 806 casos registados há seis meses, 745 são confirmados no laboratório e 61 outros são prováveis, no entanto, 444 falecimentos são registadas na categoria dos confirmados e 61 na categoria dos prováveis.

O mesmo texto informa igualmente que seis novos casos confirmados foram registados a 9 de fevereiro de 2019 em Katwa, enquanto três novas mortes de casos confirmados foram assinaladas no mesmo dia de sábado último, incluindo uma morte comunitária em Katwa e duas no Centro de Tratamento de Ébola (CTE) de Butembo, em Kivu-Norte.

Por outro lado, a Direção Geral de Luta contra a doença de Ébola notou recentemente vários casos nas fileiras do Exército Nacional congolês, na cidade de Butembo, onde dois militares oriundos da zona sanitária de Oicha e que trabalhavam no aeroporto de Butembo, foram identificados como sendo casos confirmados de Ébola a 12 de janeiro de 2019.

Os dois militares passaram cinco dias no Centro de Tratamento de Ébola e saíram curados.

Houve igualmente três casos suspeitos para os quais os testes de laboratório foram negativos.

Porém, a 4 de fevereiro de 2019, seis polícias foram admitidos como casos suspeitos em Butembo tendo sido dispensados depois de os testes de laboratório se terem revelado negativos.

A vacina rVSV-ZEBOV continua a ser a única utilizada contra doenças do vírus de Ébola após aprovada pelo Comité de Ética na sua decisão de 19 de maio de 2018.

Esta última é fabricada pelo grupo farmacêutico Merck, o que permitiu à RDC imunizar mais de 77 mil pessoas, das quais prestadores de cuidados médicos da primeira linha e contactos com doentes.

-0- PANA KON/TBM/FK/DD 11fev2019