Agência Panafricana de Notícias

MEND reivindica assassinato de quatro polícias na Nigéria

Lagos, Nigéria (PANA) - O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND), um grupo separatista nigeriano, reivindicou sexta-feira a responsabilidade pelo assassinato, quinta-feira, de quatro polícias no Estado petrolífero de Bayelsa.

Num comunicado enviado por correio eletrónico à imprensa, o maior grupo de insureição do Delta do Níger revelou que os seus combatentes mataram estes polícias no ataque a um posto de controlo da Polícia Marítima.

O porta-voz da Polícia estadual, Eguavoen Emkpai, confirmou estes assassinatos numa mensagem dirigida aos jornalistas na noite de quinta-feira, precisando que estes elementos "foram mortos na angra Nembe por desconhecidos armados a bordo duma lancha que abriram fogo contra o seu posto de controlo".

O comunicado do MEND é omisso quanto ao assassinato de quatro soldados, na véspera, durante um ataque similar no mesmo Estado.

Por outro lado, o grupo indicou estar em contacto com os membros da tripulação do navio MV Breeze Clipper, com bandeira neerlandesa, raptados a 28 de fevereiro por presumíveis piratas que atacaram este barco ao largo de Fairway Bouy, na cidade de Port Harcourt.

"Estamos em contacto com os raptores do capitão Pikus Viktor, do engenheiro Melnikov Slava e do membro da tripulação Frederick Villamor do MV Breeze Clipper", indicou o grupo, acrescentando que "os raptores propuseram entregar estes marinheiros que estão de boa saúde a um dos nossos campos do Estado de Rivers", afirmou.

No seu comunicado, o MENDO diz estar a estudar esta oferta pois, explica, "estes homens não foram capturados num barco associado ao setor petrolífero nigeriano".

O capitão e o engenheiro-chefe da embarcação são identificados no documento como de nacionalidade russa enquanto "o resto da tripulação é integrado por Filipinos".

No mês passado, o MEND reivindicou igualmente o ataque contra um oleoduto da petrolífera italiana AGIP em Bayelsa, indicando que este marcava o início de novos ataques na região petrolífera onde reinava uma relativa acalmia desde 2009, ano em que o programa de amnistia do Governo foi reconhecido por vários insurretos.

-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 02mar2012