Líbia recusa-se a ser "gendarme da Europa no Mediterrâneo"
Benghazi, Líbia (PANA) - A Líbia recusa-se a desempenhar o papel de gendarme da Europa no Mar Mediterrâneo", declarou o ministro líbio dos Negócios Estrangeiros do Governo instalado no leste do país, Abdulhadi Al-Hawaij.
Intervindo durante uma mesa redonda intitulada “Migração e segurança num mundo dividido: reforçar a cooperação internacional regional”, Al-Hawaij sublinhou a recusa para acolher migrantes no seu território devido a ameças direitas que isto representa para a segurança nacional e os interesses nacionais superiores.
De acordo com um comunicado do ministério líbio dos Negócios Estrangeiros, publicado domingo no quadro deste fórum internacional MEDays, decorrido em Tanger (Marrocos), de 25 a 29 de novembro último, o diplomata institiu na importância estratégica da questão da imigração clandestina para a Líbia.
Ele teve em conta o estatuto do seu país de “trânsito maior” em razão da sua situação geográfica e da sua responsabilidade pela proteção e segurança no Mediterrâneo e nas costas africanas.
Mencionou igualmente os esforços envidados para a segurança das fronteiras comuns e a luta contra redes de passadores e de tráfico de seres humanos.
Regozijou-se com a baixa dos fluxos migratórios clandestinos e o reforço da segurança e estabilidade na região, ambos resultantes destes esforços.
A seu ver, a luta contra o fenómeno das migrações transfronteiriças exige um reforço da coordenação das medidas de segurança e humanitárias.
Defendeu a implementação das soluções realistas baseadas no desevolvimento e nas parcerias responsáveis entre os países de origem dos migrantes, os de trânsito e de destino.
O fórum desenrolou-se sob o lema "Divisões e polarizações : reinventar o paradigma mundial", sob a égide da Sua Majestade o rei Mohammed VI, segundo a mesma fonte.
A participaçao do ministro líbio dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional nos MEDays 2025 permitiu reforçar a presença diplomática da Líbia e consolidar a sua comunicação com os seus parceiros regionais e internacionais, em prol dos interesses nacionais, e reforçar a cooperação com estes últimos, lê-se no comunicado.
Nele participaram vários chefes de Estado, altos funcionários e decisores públicos.
-0- PANA BY/JSG/DD 1dez2025

