Agência Panafricana de Notícias

Líbia recusa presidência rotativa da Liga de Estados Árabes

Trípoli, Líbia (PANA)  - A Líbia rejeitou a presidência rotativa do Conselho da Liga dos Estados Árabes(LEA)  para a sua sessão em curso, anunciou, terça-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional do Governo líbio de União Nacional, Mohamed Al-Geblawi.

garantindo  que ela “aspira a fazê-lo em melhores condições”.

 

Num tweet, Al-Geblawi declarou que a Líbia pede desculpas por ocupar a Presidência do Conselho da Liga dos Estados Árabes na sua atual sessão e que espera fazê-lo em melhores condições.

"Estamos dedicados ao nosso direito à presidência, conforme o regulamento interno e a ordem em vigor”, acrescentou.

Esta recusa inscreve-se no contexto da renúncia pela Palestina do seu direito de dirigir o Conselho da Liga dos Estados Árabes na sua atual sessão, para protestar contra “a normalização pelos Emirados Árabes Unidos e pelo Barém das suas relações com Israel.”

A recusa palestiniana foi expressa pelo  ministro palestino dos Negócios Estrangeiros e Expatriados, Riyadh Al-Maliki, referiu.

A LEA sediada  no Cairo (Egito) está paralisado nos últimos anos, nomeadamente com a emergência da primavera árabe, marcada por revoltas em vários países árabes que exprimem as aspirações dos povos à liberdade e democracia.

Porém, a denúncia foi rejeitada pelas monarquias nos países do Golfo, acusadas de desempenhar um papel negativo no sentido de frustrar este vento de liberdade que sopra na região.

Além disso, a causa da Palestina que foi muito tempo a questão central da ação comum dos Estados Árabes, registou uma nítida regressão com a tendência de normalização, em particular a dos países do Golfo, com o Estado sionista (Israel), que se acelerou desde o advento do Presidente norte-americano, Donald Trump, ao poder, e a proclamação de Jerusalém como a nova capital de Israel. 

Mais controversa também foi a transferência da Embaixada norte-americana para esta cidade, cujo estatuto é legiferado por uma resolução das Nações Unidas que preconiza negociações para o fixar.

-0- PANA BY/IS/FK/DD 6out2020