Líbia reafirma compromisso com estabilização do Sahel e dos Grandes Lagos
Benghazi, Líbia (PANA) - O Governo líbio reafirmou o seu compromisso infalível em apoiar os esforços de estabilização do Sahel e da Região dos Grandes Lagos, soube a PANA de fonte oficial.
A posição líbia foi expressa pelo ministro líbio dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional baseado em Benghazi (leste), Abdulhadi Al-Hawaij, quando intervinha, domingo último, no Fórum Internacional MEDays 2025, organizado pelo Instituto Amadeus, sob os auspícios da Sua Majestade o rei Mohammed VI, em Tanger (Marrocos).
Durante uma sessão intitulada "Pontos quentes: Compreender a complexidade do Sahel e da Região dos Grandes Lagos", o diplomata sublinhou que "a segurança nacional da Líbia está indissociável da dos seus vizinhos do sul.
Al-Hawaij insistiu no facto de que qualquer tensão ou ameaça nestas zonas tem um impacto direito sobre a segurança na Líbia e em toda região, segundo um comunicado publicado pelo seu pelouro.
Frisou igualmente o papel crucial desempenhado pelo Comando Geral das Forças Armadas Árabes Líbias na garantia da segurança de vastas fronteiras meridionais e na luta contra diversas ameaças transfronteiriça, nomeadamente o terrorismo, o crime organizado, redes de tráfico de seres humanos e migrações irregulares.
Neste contexto, o diplomata indicou que o seu país tinha travado uma “verdadeira luta contra o terrorismo durante a chamada ”operação Karama" (Dignidade), após bandeiras negras terem flutuado no ceu de Benghazi e Derna (leste), Sirtes (centro) e várias outras cidades líbias, antes de as Forças Armadas conseguirem libertar o país e a sua população.
Assegurou igualmente que, presentemente, está em curso uma batalha não menos importante, a de reconstrução, desenvolvimento e reconciliação nacional.
Insistiu ainda na necessidade de pôr fim à ingerência estrangeira nos assuntos internos dos países africanos, defendendo que a segurança regional não pode ser alcançada enquanto persistirem estas ingerências.
Apelou a uma nova governação mundial que volte a dar ao continente africano todo o seu lugar atravês de uma reforma do sistema das Nações Unidas, que dê nomeadamente um assento permanente a África no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, à altura do seu peso demográfico e geostratégico e do seu papel cada vez mais ativo no sistema internacional.
Concluindo, sublinhou a importância de reforçar a cooperação intra-africana e de desenvolver mecanismos de coordenação conjuntos entre os países da região.
A seu ver, para se fazer face a estes desafios crescentes, são necessários uma visão coletiva e uma coordenação estreita que sustente a segurança, o desenvolvimento e estabilidade a curto e longo prazos.
-0- PANA BY/JSG/DD 1dez2025

