Agência Panafricana de Notícias

Líbia pertence aos líbios e não é refém de ninguém, diz ONU

Tripoli, Líbia (PANA) - A Líbia pertence a todos os líbios e não deve ser refém de nenhuma categoria nem de um grupo de indivíduos, declarou o representante especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nste país, Abdoulaye Bathily.

Falando durante uma reunião, domingo em Tripoli, com mais de 20 representantes das autoridades militares encarregues da segurança no oeste do país, Bathily exortou-lhes a  cumprirem o seu dever de trazer de volta a paz e estabilidade à Líbia.

No quadro dos esforços envidados pela Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), para envolverem todas as partes líbias, apelou-lhes a sararem as feridas do passado e reconstruírem o país a fim de resolverem a crise "insolúvel" no país, indica um comunicado da MANUL a que a PANA teve acesso.

A seu ver, após 13 anos de conflito e instabilidade na Líbia, o povo líbio merece uma vida melhor.

É tempo de se adotar uma visão qie permita à juventude deste país explorar o seu pleno potencial, segundo o diplomata onusino.

Com base no mandato da MANUL, saído do Conselho de Segurança da ONU, o representante especial de António Guterres (atual Secretário-Geral da ONU) envida esforços a fim de facilitar um processo de paz global conducente a uma solução dirigida e controlada pelos próprios líbios e tomar medidas para impedir o conflito de eclodir de novo.

Também é sua tarefa unificar todas as instituições securitárias e militares líbias, indica o mesmo documento.

Abdoulaye Bathily comprometeu-se a continuar a colaborar com todas as partes líbias com vista a buscarem uma solução pacífica e global para o atual impasse político  e relançar o processo eleitoral.

Convidou os dirigentes de cinco instituições líbias chave, designadamente o Conselho Presidencial, a Câmara dos Representantes (Parlamento), o Alto  Conselho de Estado, o Governo de Unidade Nacional e o Exército Nacional Líbio (Exército paralelo) a reunirem-se para resolverem todas as questões litigiosas que entravam o progresso para eleições no país.

Por sua vez, os representantes líbios defenderam um processo político mais inclusivo, suscetível de redundar em soluções duradouras para a crise na Líbia.

-0- PANA BY/JSG/DD 29janeiro2024