Agência Panafricana de Notícias

Líbia denuncia ataque da Rússia contra Ucrânia

Trípoli, Líbia (PANA) - A ministra líbia dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Najla al-Mangouch, condenou quinta-feira o ataque militar lançado pela Rússia contra a Ucrânia, denunciando uma violação do direito internacional.

"Condenamos veementemente o que aconteceu na República da Ucrânia, o ataque militar lançado pela Rússia, que é uma violação do direito internacional, e renovamos o apelo à calma e à retirada", escreveu num Twitter, na quinta-feira, al-Mangouch.

A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia durante a noite de quarta para quinta-feiras últimas, anunciou o Presidente russo, Vladimir Putin, justificando o ataque pela defesa dos separatistas no leste ucraniano.

Esta decisão suscitou uma onda de condenação por parte dos líderes dos países do mundo, em particular os ocidentais, que adotaram um monte de sanções contra Moscovo (Rússia)

A Embaixada da Líbia na Ucrânia, por sua vez, pediu aos cidadãos líbios que lá residem para terem cautela e não sairem das suas casas, a menos que seja necessário, até a situação se esclarecer.

Numa mensagem postada no Facebook, a embaixada líbia aconselhou aqueles que residam em áreas de tensão a afastarem-se para áreas mais seguras.

Terça-feira última, o Governo líbio da Unidade Nacional indicou juntar-se à comunidade internacional que pede à Rússia para se abster de qualquer operação militar contra a República da Ucrânia.

Ele também afirmou a sua dedicação à soberania e integridade territorial da República da Ucrânia e pediu à Rússia que se acalme e retire os reforços militares das fronteiras ucranianas e da Crimeia ocupada.

O Governo líbio também indicou que se recusa "a reconhecer a independência da chamada República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", reiterando rejeitar, de maneira categórica, a presença ilegal das forças de Wagner (Rússia) na República da Ucrânia e na Líbia.

Instou a Rússia a usar uma linguagem do diálogo e da diplomacia como alternativa à linguagem da guerra.

-0- PANA BY/JSG/MAR/DD 24fev2022