Agência Panafricana de Notícias

Líbia confiante no levantamento do embargo de armas das Nações Unidas

Tripoli, Líbia (PANA) - O ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Al-Dairi, defendeu, quarta-feira à noite, em Nova Iorque, a aprovação pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas do projeto de resolução do grupo árabe apresentado pela Jordânia para o levantamento do embargo de armas a favor do Exército líbio.

"Desejamos o levantamento da interdição do material militar, porque o contrário serve o interesse do extremismo, consagra a instabilidade na Líbia e ameaça a paz no mundo", afirmou o chefe da diplomacia líbia.

Na ocasião, Al-Dairi reiterou o engajamento do seu Governo na luta contra o terrorismo como a prioridade mais importante do momento, após o desmoronamento da infraestrutura e da economia do Estado que propicia a implantação de extremistas estrangeiros na Líbia.

Segundo ele, a Líbia necessita de um sério impulso para o fim da interdição do armamento a favor das Forças Armadas para poder fazer face ao terrorismo e ao extremismo em pleno desenvolvimento e apoiar as instituições.

Ele revelou que os recentes êxitos das Forças Armadas líbias face ao terrorismo constituem "a maior prova da existência de instituições de segurança cada vez mais profissionais e que estão agora prontas para trabalhar com vista a controlar a situação em matéria de segurança".

Também apelou à comunidade internacional que ajudou os Líbios a desembaraçar-se do regime de Kadafi para o apoiar na formação do Exército com vista a permitir-lhe levar a cabo as suas missões.

Convidou igualmente o Conselho de Segurança a "assumir as suas responsabilidade em matéria de manutenção da paz e da segurança internacional na Líbia, e mesmo a respeito da Europa".

Al-Dairi notou a existência dum laço estreito entre o terrorismo e outros crimes transnacionais, como o branqueamento de dinheiro, o contrabando e o tráfico de seres humanos, que sublinham a necessidade de reforçar a cooperação entre os Estados e a instauração de mecanismos de acompanhamento dos criminosos, bem como uma cooperação eficaz na luta contra os combatentes estrangeiros.

-0- PANA BY/JSG/MAR/IZ 19fev2015