Agência Panafricana de Notícias

Koffi Olomide volta livre a Paris após 17 anos de interdição

Bruxelas, Bélgica (PANA) - O artista-músico congolês Koffi Olomidé está de volta a Paris, em liberdade com sua esposa e três filhos, marcando o fim da sua interdição em território francês imposta há 17 anos.

As imagens da família a passear em Paris, incluindo o filho mais velho Didi Stone, de 18 anos de idade, estão a circular nas redes sociais para confirmar que o cantor congolês, o mais popular, goza de liberdade de movimentos em França, onde não pisava os pés desde 2002.

As acusações de violação sexual feitas por três  dançarinas suas foram rejeitadas pelo Tribunal de Nanterre, por falta de provas por parte das queixosas, e ao cantor foi apenas aplicada uma pena de dois anos de prisão suspensa por agressões sexuais  e por ter feito entrar as dançarinas em França sem visto.

A notícia causou sensação no seio da Diáspora congolesa na Bélgica, onde os seus muitos fãs pularam de alegria, segunda-feira, na Galerie d'Ixelles, centro de Matonge, o bairro africano de Bruxelas, baptizado capital da Diáspora congolesa.

Na terça-feira, Koffi Olomidé, acompanhado por sua família e muitos fãs, chegados nomeadamente da Bélgica, visita o túmulo do seu pai, morto em 2016, em França. O cantor não pôde comparecer ao funeral, por causa da proibição de entrada em França, na sequência das acusações de violação das dançarinas.

Koffi Olomidé certamente não poderá dar um concerto, até à confirmação pelos Combatentes, a oposição radical congolesa, muito ativa em França, de que o evento não será perturbado.

Há pelo menos 10 anos, os grupos de música congolesa na República Democrática do Congo foram proibidos de se exibirem em França, acusados pelos Combatentes de terem glorificado o ex-Presidente Joseph Kabila.

Na Diáspora congolesa, existe uma esperança real de que o Presidente eleito, Félix Tshisekedi, que viveu na Bélgica há muito tempo, lançará um apelo para acalmar aos Combatentes.

Enquanto isso, as ex-dançarinas que fizeram "falsas  acusações" de violação não poderão mais voltar a Kinshasa, na República Democrática do Congo, onde milhares de fãs de Koffi Olomidé juraram vingar o seu ídolo.

-0- PANA AK/DIM/IZ 30abril2019