Agência Panafricana de Notícias

Kinshasa paralisada por jornada cidade morta da oposição

Kinshasa, RD Congo (PANA) – As atividades estiveram paralisadas quarta-feira em Kinshasa, jornada decretada cidade morta pela Congregação das Forças Políticas e Sociais para a Mudança, uma plataforma de partidos da oposição refratários ao diálogo político facilitado pelo Togolês Edem Kodjo, como aviso ao Presidente Joseph Kabila de que lhe restam apenas dois meses no poder em conformidade com a Constituição.

As lojas e escolas não abriram todo o dia, enquanto alguns autocarros de transporte público particularmente do Governo passaram circular à tarde, mas na sua maioria vazios, e os das empresas privadas eram quase invisíveis.

A presença de elementos da Polícia era impressionante nos locais « quentes ». Patrulhas mistas da Polícia Nacional Congolesa (PNC)/Polícia da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na RD Congo (MONUSCO) eram organizadas e durante as quais polícias convidavam as populaçõea a abster-se de atos de vandalismo.

Algumas pessoas tentaram antes do meio-dia manifestar-se, destruir autocarros e queimar pneus nos bairros periféricos do leste e do sul da capital, mas foram dispersados e houve algumas detenções.

A coligação apelou à população para ficar em casa para, nomeadamente, manifestar a sua desaprovação ao acordo político assinado, terça-feira passada, no termo do diálogo facilitado por Edem Kodjo e nos termos do qual a eleição do Presidente da República, Joseph Kabila deve ocorrer a 29 de abril de 2018.

Esta plataforma presidida pelo mais antigo opositor da RD Congo, Etienne Tshisekedi, rejeitou Edem Kodjo, acusando-o de ser « Kabilista ».

-0- PANA KON/IS/MAR/IZ 20out2016