Agência Panafricana de Notícias

Junta militar na Guiné Conakry lembra à CEDEAO raźões de golpe de Estado de setembro

Conakry, Guiné-Conakry (PANA) – O líder da junta militar na Guiné, o coronel Mamady Doumbouya, lembrou quinta-feira, as razões da tomada do poder através do golpe de Estado, a 5 de setembro último, no país.

Durante um encontro, a seu pedido, com diplomatas e representantes dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) acreditados na Guiné, o novo homem forte da Guiné passou em revista a situação política do país.

"O Presidente da Transição lembrou aos embaixadores os motivos da tomada do poder pelo CNRD, ao reafirmar que o prazo da transição, que suscita  debates e chama  atenções, terá em conta a exigência de um cronograma realista e consensual a ser elaborado com todas as forças vivas da Naçserá

Ele exortou igualmente a CEDEAO a acompanhar a Guiné Conakry nestes momentos históricos, indica o Comité Nacional de Coligação e Dekocracia (CNRD), a junta no poder, na sua página do Facebook.

A mesma fonte sublinha que os embaixadores da CEDEAO, que saudaram a iniciativa e encorajaram as novas autoridades guineenses, prometeram fazer « um relatório fiel “ aos chefes de Estado da instituição sub-regional.

A CEDEAO condenou o golpe de Estado perpetrado a 5 de setembro contra o então Presidente da República, Alpha Condé, e os embaixadores da organização oeste-africana boicotaram a cerimónia de investidura do coronel Mamady Doumbouya.

A cimeira extraordinária dos chefes de Estado da instituição sub-regional enviou recentemente a Conakry o seu Presidente em exercício e chefe do Estado ganense, Nana Akufo-Addo, o chefe do Estado Ivoiriense, Alassane Ouattara, que se reuniram com os novos líderes guinénses para lhes pedir que libertassem o ex-Presidente derrubado e organizassem eleições num prazo de seis meses.

Os dois emissários não obtiveram satisfação no tocante aos pontos submetidos ao líder da junta que precisou que o antigo chefe de Estado “que está bem tratado, permanecerá na Guiné Conakry”, acrescentando que “apenas os Guineenses decidirão sobre a duração da transição.”

-0- PANA AC/JSG/SOC/FK/DD 15out2021