Agência Panafricana de Notícias

Jornalismo torna-se profissão perigosa na Nigéria - CPJ

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), sediado em Nova Iorque, pede a abertura dum inquérito depois do assassínio de três jornalistas no fim de semana passado na Nigéria.
Num comunicado transmitido à PANA, Tom Rhodes, o coordenador do programa África de CPJ, exorta "as autoridades locais a redobrar de esforços para julgar estes assassinos".
"O jornalismo tornou-se numa profissão perigosa na Nigéria enquanto a lista dos assassínios não resolvidos de jornalistas continua a aumentar", denunciou Rhodes.
Os três jornalistas foram assassinados em dois incidentes distintos.
Revoltosos muçulmanos mataram sábado passado dois jornalistas que trabalham para um jornal cristão local, na cidade de Jos, no norte do país, enquanto o repórter judiciário Edo Sule Ugbagwu, de 42 anos de idade, do diário privado The Nation, foi assassinado no mesmo dia no seu domicílio em Lagos por dois desconhecidos armados.
Relativamente aos assassínios de Jos, os revoltosos que reagiam à descoberta do presumível corpo dum muçulmano perto duma igreja mataram o editor chefe adjunto Nathan S.
Dabak, de 36 anos de idade, e o repórter Sunday Gyang Bwede, de 39 anos de idade, do The Light Bearer, um mensário cristão.
Os jornalistas foram o alvo duma vingança popular num contexto de violências interreligiosas na cidade de Jos.