Agência Panafricana de Notícias

Homens lideram prevalência do VIH/Sida em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- A taxa de prevalência do VIH/Sida em Cabo Verde é mais elevada nos homens (1,1 por cento) do que nas mulheres (0,4 por cento), contrariamente à tendência da evolução da pandemia no continente africano onde a camada feminina é a mais atingida, soube a PANA na Praia de fonte do Comité de Coordenação e Combate à Sida (CCCS).
De acordo com esta instituição que coordena a luta contra a pandemia no arquipélago, a taxa de prevalência do VIH/Sida em Cabo Verde mantém-se estável abaixo de 1 por cento, estando actualmente 404 pessoas infectadas a receber tratamento anti-retrovirais e outras 1.
050 seguidas pelas estruturas de saúde locais.
O coordenador do CCCS, José António dos Reis, garantiu que os mais de mil seropositivos privados do tratamento com anti-retrovirais podem, a qualquer momento, entrar neste sistema.
José António dos Reis recordou que a condição de seropositivo não confere imediatamente o direito de tomar o anti-retroviral, uma vez que é necessário ter um determinado nível de carga viral no organismo para o efeito.
De acordo com dados da CCCS, até 31 de Dezembro de 2007, havia em Cabo Verde um total de dois mil e 298 casos notificados, um número que se tem mantido estável desde o primeiro estudo de seroprevalência em 2005, que apontava para uma taxa abaixo de 1 por cento da população.
Em matéria de combate ao VIH, José António dos Reis mostrou-se satisfeito com o comportamento das instituições - câmaras municipais, escolas, centros de juventude - que estão a mobilizar recursos para desenvolver actividades alusivas ao Dia Internacional de Luta contra a Sida, celebrado a 1 de Dezembro de cada ano.
"Isso demonstra uma tomada de consciência relativamente a este problema", enfatizou.
Esta terça-feira será divulgado um estudo sobre a pandemia que contém exemplos interessantes de crenças sobre a doença e sobre a utilização de preservativos, entre outros.
Em Cabo Verde, o primeiro caso de sida foi detectado em 1986.
A partir de 2004, várias pessoas afectadas, incluindo crianças, passaram receber, gratuitamente, tratamento com medicamentos anti- retrovirais.