Agência Panafricana de Notícias

Guiné Conakry expressa sua preocupação à China por maus tratos contra Africanos

Conakry, Guiné (PANA) – O Governo guineense exprimiu, terça-feira, a sua preocupação e o seu desacordo à China devido a maus tratos infligidos a vários Africanos, dos quais Guineenses residentes naquele país asiático, nomeadamente na província de Canton, soube a PANA de fonte diplomática em Conakry.

A preocupação e o desacordo da Guiné Conakry foram expressos pelo seu ministro  dos Negócios Estrangeiros, Mamadi Touré, ao embaixador da China, Huang Weil, durante uma audiência em Conakry.

Nesta ocasião, o diplomata guineense qualificou de “maus trataos inaceitáveis”, infligidos aos Africanos na China, o epicentro do Covid-19 (coronavírus), em dezembro último, no mundo.

No termo desta reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Conakry declarou à imprensa que, para além da compreensão das medidas tomadas pela China para evitar a propagação do coronavírus, denunciava os maus tratos de que são vítimas Africanos na China.

Citou expulsões massivas dos Africanos dos seus hotéis, restaurantes, transportes públicos, entre outros, antes de pedir insistentemente ao diplomata chinês para interceder, junto do seu Governo, para que este tome medidas necessárias, suscetíveis de preservar a dignidade dos cidadãos africanos, nomeadamente dos Guineenses, no seu território.

Por seu turno, o embaixador chinês garantiu que o seu Governo pretendia tomar medidas para ajudar os três mil Africanos residentes  na província de Canton, a viverem com calma e em paz.

Desde o início das sevícias infligidas aos Africanos residentes em Canton, durante a semana passada, relatados nas redes sociais, a União Africana (UA) criticou e protestar vigorosamente contra aquuilo que considerou como "inamistoso" a respeito de África.

Vários países africanos protestaram igualmente contra os maus tratos reservados aos cidadãos do continente africano em Canton, na sua maioria estudantes e empresários.

A Nigéria tem vários cidadãos entre as vítimas destes atos desumanos que os Estados Unidos já qualificaram de "racismo".

A China é um dos primeiros países a  reconhecer a Guiné Conakry, depois da sua acessão à independência em 1958.

-0- PANA AC/BEH/MAR/DD 15abril2020