Agência Panafricana de Notícias

Guiné-Bissau totaliza 913 casos de covid-19

Luanda, Angola (PANA) – O balanço da pandemia da covid-19, na Guiné-Bissau, aumentou para 913 casos acumulados com o registo de 77 novas infeções, nas últimas 24 horas, segundo dados oficiais.

Apesar desta progressão, mantiveram-se inalterados os números das vítimas mortais e das recuperações, com os mesmos três óbitos e 26 curas anunciados anteriormente, totalizando assim 884 casos ativos.

A Guiné-Bissau continua assim a liderar o balanço da covid-19 no grupo dos cinco Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), diante de Cabo e de São Tomé e Príncipe que totalizam, respetivamente, 315 e 220 casos.

Todavia, este último detém o maior número de óbitos associados à pandemia provocada pelo novo coronavírus, com seis, enquanto Cabo Verde e Angola registam ambos duas vítimas mortais.

Moçambique é, por seu turno o único deste bloco linguístico, que ainda não registou nenhuma morte associada à covid-19 em 115 casos acumulados e 35 recuperados, desde o início da doença, em março passado.

Com este resultado, Moçambique ocupa a quarta posição, com um remanescente de 80 casos ativos.   

Por seu turno, Angola apresenta neste grupo o menor número de casos da doença, com 48 infeções acumuladas, 17 recuperações e 29 casos ativos, todos eles pacientes internados e clinicamente estáveis.    

Há duas semanas, a Guiné-Bissau figurava entre os países menos afetados, com 73 casos confirmados e 54 ativos, perto de Moçambique e Angola que na altura apresentavam, respetivamente, 76 e 27 contaminações.

Mais abaixo ainda, vinha São Tomé e Príncipe, com apenas 14 casos acumulados, repartidos entre quatro recuperados e 10 em tratamento.

Mas, de repente o quadro mudou para São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau que migraram para zonas de maior densidade e intensidade, com uma subida exponencial dos números, sobretudo para esta última, apesar das medidas de confinamento decretadas pelas autoridades nacionais.

Esta situação é imputada ao desrespeito das medidas de confinamento social por parte da população, com alguns doentes de covid-19 que se teriam recusado a acatar a ordem de ficarem em casa.

Mas também as autoridades são acusadas de “não cumprir” e responsabilizadas por algumas falhas na observância do Estado de Emergência.

Para o médico guineense Mꞌboma Sanca, por exemplo, as “falhas” no cumprimento do Estado de Emergência pela população e na resposta das autoridades são as principais causas da subida dos casos de coronavírus, no seu país.

-0- PANA IZ 16maio2020