Agência Panafricana de Notícias

Guia líbio na Cimeira do G-8 na Itália

Aquila- Itália (PANA) -- O guia líbio, Muamar Kadafi, presidente em exercício da União Africana (UA), chegou quarta-feira à tarde à Itália onde participará na Cimeira do Grupo de oito países mais industrializados (G- 8) a realizar-se em Aquila, no centro do país, a convite do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, presidente em exercício do G-8.
A realização da cimeira do G-8 surge menos de uma semana após da 13ª cimeira da UA ocorrida de 1 a 3 de Julho corrente em Sirtes (centro da Líbia) e que proclamou a Autoridade da União em prelúdio à formação do Governo Federal Africano rumo à edificação dos Estados Unidos da África.
Os observadores estimam que o guia líbio velará, na sua qualidade de presidente da UA, para que a África tenha uma só voz para falar ao mundo após a decisão tomada pela cimeira de Sirtes de proclamar a Autoridade da União que provou a capacidade dos Africanos para se unirem, desenvolverem-se e progredirem, e demostrou ao mundo a sua confiança em si próprios para promover a África e contribuir para a instauração da estabilidade e da paz no mundo.
O primeiro dia da cimeira que começa quarta-feira será consagrado a discussões entre os líderes do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã- Bretanha, Itália, Japão e Russia) enquanto o segundo dia agrupará, além dos países do G-8, os países denominados países com economias emergentes, designadamente México, China, África do Sul, Brasil, Índia e Egipto.
O terceiro dia, em que se reunirão a Coreia do Sul, a Austrália e a Indonésia, será consagrado ao acolhimento do presidente da UA, Muamar Kadafi, para discutir sobre os problemas da África e à escuta das propostas do guia Kadafi para a resolução dos problemas deste continente.
A cimeira do G-8 debruçar-se-á sobre diversos dossiers económicos, dos quais a crise financeira mundial e os meios de a resolver, bem como outros aspectos de carácter político, incluindo o armamento nuclear, e os ligados às mudanças climáticas e ao efeito de estufa, ao terrorismo, à segurança alimentar e à saúde, nomeadamente nos países do Terceiro Mundo.