Agência Panafricana de Notícias

Greve geral ocasiona perda de mais de $ 3 biliões à economia nigeriana

Lagos, Nigéria (PANA) – A greve geral, iniciada segunda-feira última na Nigéria, ocasionou uma perda de mais de três biliões de dólares à economia do país, segundo o Governador do Banco Central da Nigéria (CBN), Lamido Sanusi.

Sanusi, citado esta sexta-feira pela imprensa local, estimou as perdas diárias devidas a esta greve em 617 milhões de dólares, acrescentando que esta cessação de trabalho tem um efeito desastroso sobre a economia nacional.

Os sindicatos do país apelaram à grece para protestar contra a supressão, a 1 de janeiro corrente, da subvenção dos produtos petroeleiros que teve por efeito o aumento dos preços na bomba de gasolina, que passaram de 65 nairas (40 céntimos americanos) o litros para pelo menos 141 nairas (90 céntimos), e provocaram o aumento imediato de produdos e serviços.

Um encontro entre representantes do Governo e dos sindicatos culminou num impasse na noite de quinta-feira últimsa na capital federal, Abuja, pois cada parte manteve as suas posições.

Enquanto os sindicatos, representados pelos presidentes do Cpngressos dos Trabalhadores da Nigéria (NLC) e do Congresso da União dos Comerciantes (TUC), pediram ao Governo para voltar ao antigo preço da gasolina, proposta rejeitada pelo Governo (incluindo o Presidente Goodluck Jonathan e alguns Governadores de Estado).

Os detalhes das negociações não foram revelados, mas um jornal local, o Punch, relatou sexta-feira que uma proposta de compromisso do Governo de 90 nairas (58 céntimos) o litro foi rejeitada igualmente pelos sindicatos.

Um outro jornal, o Vanguard, relatou que o Governo propôs voltar ao preço na bomba de 65 nairas imediatamente, mas tendo em conta a supressão total do subsídio destes produtos até a abril próximo, mas os syndicatos náo estão de acordo com a mesma.

As negociações devem retomar sábado, dia em que a Associação Nigeriana dos Quadros dos Setores do Petróleo e Gás Natural (PENGASSAN) ameaçou interromper a produção petroleira do país, considerando-a como o início da nova fase de protesto.

-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/DD 13jan2012