Agência Panafricana de Notícias

Governo líbio exige reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre Líbia

Tripoli, Líbia (PANA) – O Ministério líbio dos Negócios Estrangeiros do Governo de União Nacional exorta a missão diplomática líbia em Nova Iorque (Estados Unidos) a exigir uma sessão de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Líbia, segunda uma fonte diplomática.

A exigência segue-se ao bombardeamento, sábado último, da sede da Academia Militar na cidade capital, Tripoli, ocorrido sábado último, no qual dezenas de novos alunos morreram, de acordo com um comunicado da referida instituição líbia, divulgado domingo.

"Ccondenamos firmemente o bombardeamento, por milícias de (marechal Khalifa) Haftar, da sede da Academia Militar da capital, Tripoli, em que dezenas de novos alunos foram mortos”, lê-se na nota.

O ministro dos Negócios Estrageiros da Líbia, Mohamed Taher Siala, deu instruções à missão líbia em Nova Iorque para pedir uma sessão de emergência ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre crimes de guerra cometidos por milícias de Haftar, segundo o mesmo documento.

"Com este ato brutal e cobarde, é claro para o mundo interior que as milícias de Haftar não lutam contra o terrorismo, como pretendem, mas praticam o terrorismo, em particular, e viola o direito internacional humanitário”, denuncia o documento.

O bombardeamento aéreo contra a Academia Militar de Tripoli fez 28 mortos e 18 feridos daí que o Conselho Presidencial do Governo de União Nacional tenha acusado “aviões estrangeiras que apoiam as forças do comandante Haftar” de terem lançado o ataque.

A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL, sigla em inglês) condenou o ataque, sublinhando, num comunicado, que “a escalada crescente das ações militares, de maneira perigosa, complica ainda a situação na Líbia e ameaça as oportunidades da retomada do processo político” líbio.

O comunicado lembra que a persistência dos "bombardeamentos cegos" que afetam civis e serviços públicos, como hospitais e escolas, podem constituir crimes de guerra.”

Manifestações espontâneas foram observadas em Tripoli, Misrata (nos arredores da mesma cidade) e noutras cidades líbias, em que foram denunciados estes "ataques cegos".

O Conselho Presidencial defendeu a proteção de civis.

-0- PANA BY/BEH/MAR/DD 05jan2020