Agência Panafricana de Notícias

Governador de Bangui reconhece persistência de insegurança na cidade

Paris, França (PANA) - O governador de Bangui, a capital centro-africana, Nazaire Guenefe Yalanga, reconheceu terça-feira em Paris que a sua cidade estava ainda atormentada por uma grave insegurança causada por "elementos fora de controlo".

"Até à data de hoje, as coisas não voltou à normalidade. Elementos descontrolados semeiam a desolação nos bairros. Residências privadas são sistematicamente visitadas, bens privados sistematicamente roubados", descreveu Yalanga durante uma entrevista à PANA.

Autoridades centro-africanas exprimiram na semana passada o desejo de obter um reforço dos efetivos da Força Multinacional da África Central (FOMAC) a fim de contribuir para a manutenção da ordem e da segurança em Bangui e no resto do país.

"Contamos com as autoridades militares esperando que tragam de volta a ordem às casernas. Em todo caso, as atividades económicas e sociais só podem começar se a ordem voltar ao país", advertiu o edil de Bangui.

Ele exprimiu a intenção de se reunir, quando regressar a Bangui, com o ministro centro-africano do Interior para avaliar com ele os desafios colocados pela insegurança na capital e os meios de os enfrentar.

Para ele, a suspensão da cooperação internacional depois da tomada do poder pela coligação Séléka é igualmente um serio motivo de preocupação.

"Regresso de Genebra (Suíça) e Bruxelas (Bélgica). Estou hoje em Paris para defender a manutenção da ajuda dos nossos parceiros. Estamos aqui para obter da Associação Internacionais dos Governadores Francófonos (AIMF) uma derrogação que permita a manutenção dos projetos em curso em Bangui", indicou.

Considerou que, se se deve esperar pelo fim da transição em 18 meses, depois das eleições e da instalação das novas autoridades eleitas para retomar toda a cooperação, Bangui será fortemente penalizada.

"Será um atraso considerável para uma cidade já carente de infraestruturas urbanas", ainda disse o governador de Bangui.

Depois de ter destituído, em março passado, o Presidente centro-africano, François Bozize, a coligação rebelde Seleka tem dificuldades hoje para manter a ordem pública e a segurança em todo o território centro-africano.

-0- PANA SEI/JSG/IBA/MAR/DD 23abril2013