Agência Panafricana de Notícias

Gana acolhe reuniões da CEDEAO sobre epidemia de Ébola

Accra, Gana (PANA) – O Gana vai albergar uma série de reuniões da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para encontrar uma abordagem comum da luta contra a doença mortífera do vírus de Ébola (DVE) que abala a sub-região oeste-africana.

O jornal ganense « Graphic » indicou no fim de semana que o Presidente do Gana, John Dramani Mahama, anunciou que a CEDEAO vai convocar uma reunião de peritos sob a direção da Organização Oeste-Africana da Saúde (OOAS), de 26 a 27 de agosto corrente, na capital, Accra, para lançar estas reuniões.

Esta reunião vai realizar-se igualmente na presença de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros americanos para o Controlo de Doenças (CDC).

Falando depois de um encontro sexta-feira, em Accra, com o diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre a Sida (ONUSIDA), Michel Sidibé, o Presidente Mahama anunciou que haverá depois um encontro dos ministros da Saúde da CEDEAO seguido duma cimeira dos chefes de Estado para procurar consensos sobre as medidas a tomar para eliminar o Ébola.

O chefe de Estado ganense e presidente em exercício da CEDEAO sublinhou que as ripostas à epidemia de Ébola têm sido até agora pontuais e não conforme as diretivas da OMS para o controlo desta doença.

"Devemos racionalizar os procedimentos de despistagem e de quarentena entre outras medidas", afirmou o Presidente Mahama.

Esta será a segunda série de reuniões em Accra sobre a ameaça do Ébola.

Vários países tomam medidas como o encerramento das fronteiras terrestres, a proibição de voos provenientes dos principais países afetados pelo Ébola (Guiné-Conacry, Libéria e Serra Leoa), a limitação das deslocações das pessoas para e fora destes países e a interdição das conferências internacionais, dos jogos de futebol e das vastas concentrações.

Esta doença já matou pelo menos mil e 400 pessoas naqueles três países, enquanto a OMS anunciou que o seu balanço pode estar aquém da realidade, pois, as famílias negam a existência desta doença ou têm medo de reconhecer que os seus entes queridos pudessem ter contraído esta patologia tão temida. A Nigéria registou até agora cinco mortes.

-0- PANA MA/SEG/FJG/JSG/SOC/FK/IZ 25ago2014