Agência Panafricana de Notícias

Gabriel Costa acusado de criar instabilidade para voltar ao poder em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O primeiro-ministro santomense, Patrice Emery Trovoada, acusou as forças de bloqueio do então décimo quinto Governo, liderado por Gabriel Costa (de 2012 a 2014), de procurarem, por todos os meios, a criar a instabilidade politica e social no país para regressarem novamente ao poder, soube a PANA de fonte oficial.

Gabriel Costa é um político são-tomense. Foi primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe em duas ocasiões: em 2002 e entre 2012 e 2014,

Patrice Trovoada fez estes pronunciamentos durante Conselho Nacional Alargado da Ação Democrática Independente (ADI), partido no poder, que concedeu mandato à sua comissão política para escolher um candidato às eleições presidenciais de julho próximo.

Presidente da ADI, Patrice Trovoada deixou a entender, no seu discurso, dirigido a cerca de dois mil simpatizantes e militantes do seu partido que as próximas eleições presidências, são importantes para o desenvolvimento das ilhas santomenses.

Filho do ex-Presidente da República, Miguel Trovoada (de 1975 a1979 e de 1991 a 2001), o primeiro-ministro santomense exortou aos militantes e simpatizantes do seu partido a votarem em massa no candidato da ADI para que o próximo Presidente da República não deixe cair o Governo.

Confiante, Patrice Trovoada assegurou que, dentro de seis meses, o povo irá "mandar nas urnas", porque, segundo ele, os adversários tem engendrado uma política de "terra queimada".

"Eles tem feito uma politica suja, de panfleto, de difamação nas redes sociais mas a ADI não vai enveredar por esse caminho", sublinhou Trovoada.

"O povo quer avançar e já não quer mais um passado de instabilidade, o povo quer recuperar o tempo perdido", frisou o presidente da ADI para depois recordar a palavra de um dos sobreviventes do massacre de Batepá (ocorrido a 3 de fevereiro de 1953) que afirmou que "ganhou-se a liberdade mas nada mudou para os pequenos".

No entanto, a estratégia a ser montada, segundo Levy Nazaré, secretário-geral da ADI, deve passar pela eleição do candidato do partido no poder logo na primeira volta.

Em março próximo, o Conselho Nacional Alargado da ADI deverá reunir-se para apresentar um candidato às presidências.

-0- PANA RMG/DD 07fev2016