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Gabão lança recenseamento de operadores da fileira aurífera

Libreville, Gabão (PANA) - O Gabão lançou esta sexta-feira uma operação de recenseamento dos operadores da fileira aurífera, em todo o país, onde o Governo suspendeu, desde 17 de setembro último, todas as atividades auríferas.

A suspensão das atividades visou pôr termo à exploração anárquica e ilícita do ouro e uma melhor organização deste setor, anunciou o Ministério do Equipamento, Infraestruturas e Minas.

As reservas do ouro atualmente conhecidas são estimadas entre 30 e 50 toneladas, e a exploração mineira artesanal existe em várias províncias do país, e principalmente em Ogooué Invindo, Ngounié, Médio Ogooué e Ogooué Lolo, há cerca de 50 anos, sem nenhuma regulamentação por parte do Estado.

Estas explorações surgiram e desenvolveram-se na época da grande epopeia petrolífera, quando o ouro representava um interesse insignificante diante dos elevados rendimentos provenientes da madeira, do manganês, do urânio e do petróleo.

A exploração do ouro foi sempre praticada de maneira informal e o Gabão não dispõe de dados precisos sobre os processos utilizados e o impacto da exploração do recurso no ambiente.

Sem regulamentação nacional para a exploração do ouro, vários cidadãos da sub-região da África Central invadiram os sítios auríferos fronteiriços para extrair o precioso metal.

A produção do ouro atingiu níveis recordes nos anos 1937-1956, ultrapassando a tonelada anualmente.

Desde os anos 80, até agora, considera-se que 40 toneladas de ouro foram extraídas no Gabão.

-0- PANA LAW/JSG/MAR/IZ 16nov2018