Agência Panafricana de Notícias

França homenageia Edem Kodjo, ex-primeiro-ministro togolês, falecido em França

Paris, França (PANA) – França saudou, quinta-feira, a memória de Edem Kodjo, ex-primeiro-ministro togolês e ex-secretário-geral da extinta Organização da Unidade Africana (OUA), falecido sábado último em Neuilly-sur-Seine, um subúrbio de Paris, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).

"França homenageia um estadista, um universitário brilhante, um diplomata e um alto funcionário internacional, que foi um artesão incansável da paz e da unidade africana e um fervoroso defensor dos valores democráticos”, declarou quinta-feira o Quai d´Orsay (ministério francês dos Negócios Estrangeiros) num comunicado.

O diplomata togolês, de 82 anos de idade, cujo verdadeiro nome foi Edouard Kodjovi Kodjo, diplomado da Escola Nacional de Administração (ENA), foi ministro da Economia e Finanças, depois ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação no seu país, antes de ocupar, de 1978 a 1983, o cargo de secretário-geral da OUA, que se tornará, a 9 de julho de 2002, na União Africana, em Durban, na África do Sul.

Edem Kodjo, eleito deputado em 1994, retirou-se da cena política togolesa em 2009 para se consagrar à sua fundação Pax Africana cujo objetivo é reduzir conflitos em África e  propor soluções para um desenvolvimento integral e autêntico de África.

A 14 de janeiro de 2016, ele foi designado pela União Africana facilitador na crise política na República Democrática do Congo, para instaurar um diálogo entre o então regime no poder e a oposição, que devia desembocar num acordo político para eleições presidenciais antes de se demitir dez meses mais tarde.

O ex-primeiro-ministro togolês, professor na Universidade de Sorbonne (França), é igualmente autor de vários livros, dos quais “Et demain l´Afrique” (E Amanhã África), premiado pelo Grande Prémio Literário de África Negra, em 1985, "L'Occident, du déclin au défi" (O Ocidente, do declínio ao desafio), "Au commencement était le glaive" (No começo, era a guerra) e "Lettre ouverte à l'Afrique cinquantenaire" (Carta aberta à África Cinquentenária).

-0- PANA BM/IS/MAR/DD 17abril2020