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França defende conferência internacional para resolução da crise líbia

Paris, França (PANA)  - O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, defendeu, quinta-feira, durante o encerramento da Conferência de Embaixadores, em Paris, a organização de uma conferência internacional, após um cessar-fogo duradouro, para resolver a crise líbia.

"Primeiro, é preciso que a trégua possa permitir um cessar-fogo duradouro. É necessário para abrir o espaço a uma solução política, única via de garantir a estabilidade.

"A melhor forma de avançar é reunir com rapidez uma conferência internacional que associe todas as partes envolvidas e os atores regionais interessados, e avançar para uma conferência interlíbia”, declarou o chefe da diplomacia francesa.

Le Drian indicou que este plano global foi proposto pelo representante especial das Nações Unidas e apoiado largamente pela União Africana (UA), e que agora é importante que “um multilateralismo específico possa impulsionar esta lógica, como única forma de chegar a uma solução pacífica".

Jean-Yves Le Drian explicou que os Franceses não podem ser simples espetadores, por um lado, porque a Europa está na vanguarda destas crises que ameaçam diretamente os seus interesses de segurança e, por outro, porque França tem uma responsabilidade particular de agir, "em especial devido ao nosso assento de membro permanente no Conselho de Segurança e igualmente em nome do princípio da humanidade, deste humanismo europeu".

"A estabilização da Líbia é tão essencial para conter o risco terrorista e melhor gerir, e com humanidade, os fenómenos migratórios no Mediterrâneo. França esteve na primeira linha nos esforços que conduziram à trégua de Aïd al-Adha, em agosto último, após vários meses de confrontos contínuos.

"Esta trégua foi breve mas  não pretendemos parar aqui, pois o G7  traçou a rota das próximas semanas”, afirmou o chefe da diplomacia francesa.

-0- PANA  BM/BEH/FK/IZ 31ago2019