Agência Panafricana de Notícias

Forças Armadas da Guiné-Bissau minimizam polémica sobre presença de militares angolanos

Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau (CEMGFA), o tenente-general António Indjai, exprimiu o seu apoio à presença dum contingente militar de Angola no seu país, minimizando a polémica suscitada pela vinda desta missão, soube a PANA em Bissau de fonte oficial.

Partidos da oposição acusam o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de "arrogância e cumplicidade" pela presença desde março passado dum contingente de 150 efetivos da Missão de Segurança Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG), cuja cerimónia de lançamento oficial em Bissau contou com a presença do Presidente bissau-guineense, Malam Bacai Sanhá, do ministro angolano da Defesa, Cândido Pereira Van-Dúnem, e outros altos responsáveis dos dois países lusófonos.

No entanto, o general António Indjai disse que a MISSANG vai ajudar na reorganização das Forças Armadas bissau-guineenses, refutando assim os argumentos do Movimento Democrático Guineense (MDG), um partido da oposição sem assento parlamentar, de que a vinda das tropas angolanas “ vai custar muito caro ao país (...) e não vai melhorar a administração, muito menos trazer a boa governação e arrisca-se a criar mais instabilidades se alguma coisa correr mal.”

“Nós concordamos com a vinda das tropas angolanas, porque vão nos ajudar a reorganizar as nossas Forças Armadas”, afirmou quarta-feira o general António Indjai no final duma audiência com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, adiantando que a MISSANG permitirá ao Exército bissau-guineense sair do isolamento a nível mundial.

“Angola vai nos ajudar a sair do isolamento em que nos encontramos no mundo e reconstruir os quartéis, portanto, a presença dos militares angolanos aqui é bem-vinda”, considerou o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

-0- PANA LON/TON 07Abril2011