Agência Panafricana de Notícias

Finlândia classifica Somalí como país de origem segura

Bruxelas, Bélgica (PANA) – A Finlândia classificou a Somália como país de origem segura para os requerentes de asilo, segundo um comunicado da Agência Finlandesa da Imigração, órgão do Governo finlandês, transmitido quarta-feira última em Bruxelas.

Esta conclusão quer dizer que os migrantes somalís que chegam à Finlândia serão privados do direito de asilo e consequentemente expulsos do país.

Segundo um relatório oficial, 32 mil e 500 estrangeiros pediram em 2015 um asilo político na Finlândia onde estão atualmente registados 16 mil e 721 Somalís que representam assim o maior contingente africano neste país europeu.

A UE continua a ter dificuldade em fixar uma lista comum dos países de origem segura para estrangeiros pedintes de asilo.

No início do ano de 2016, a Alemanha, que acolheu, no seu território, um milhão de migrantes em 2015, decidiu classificar a Argélia, Marrocos e a Tunísia, como países de origem segura, tendo assinalado agressões cometidas por estes cidadãos destes três países supracitados cometeram agressões sexuais em massa contra Alemãs na noite da véspera do Ano Novo.

Os cidadãos destes três países já não poderão beneficiar do direito de asilo na Alemanha. No entanto estamos convencidos que estes atos tinham sido perpetrados pelos Sírios, Iraquianos e outros Afegãos que chegaram em massa à Alemanha, depois de fugirem das zonas de combate nos seus países respetivos.

Líderes europeus acusam ainda a chanceler alemã, Angela Merkel, de receber tantos refugiados provenientes das zonas de conflitos do Médio e Próximo Orientes.

O debate entre Estados-membros culminaram no encerramento em março último da dita rota a dos Balcãs na sequência dum acordo concluído entre a UE e a Turquia.

Em França, na sequência do Brexit (retirada do Reino Unido da UE) após o referendo de 23 de junho último, várias vozes levantam-se para pedir a anulação do acordo concluído com o Reino Unido, permitindo assim a polícias britânicos operarem em Calais, no território francês, para controlar migrantes, dos quais mais de seis mil instalados num campo diante do túnel sob o canal da Mancha.

A anulação deste acordo provocará um fluxo para o Reino Unido ao passo que migrantes instalados em Calais, maioritariamente Africanos, nomeadamente Eritreus, Somalís, Sudaneses e outros.

Na sequência do aumento dos atentados terroristas em França, na Bélgica e na Alemanha, ataques perpetrados por indivíduos cujos parentes provieram da África do Norte, não será fácil para a União Europeia fixar uma lista comum dos países de origem segura para os pedintes de asilo.

-0- PANA AK/IS/IBA/FK/DD 28julho2016