Agência Panafricana de Notícias

Falta de informação trava entrada de capitais em África, diz Kibaki

Nairobi- Quénia (PANA) -- A ausência de informações precisas impede África de beneficiar duma parte equitativa dos capitais estrangeiros, reclamou quara-feira o Presidente queniano, Mwai Kibaki.
No seu discurso quarta-feira, em Nairobi, na cerimónia oficial de abertura da II Conferência da África Oriental sobre Investimentos, Kibaki disse que este fórum vai ajudar a mudar as "falsas percepções" que as pessoas têm da região.
Ele assegurou aos investidores internacionais a existência de oportunidades lucrativas, na região e em todo o continente, antes de qualificar de "negativo e infundado" o argumento de guerras civis, fome e subdesenvolvimento.
Por seu turno, o Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza disse que o seu país continuava orgulhoso de ser membro da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) e que estava a aplicar os acordos aduaneiros assinados, num esforço para apoiar o processo de integração da sub-região.
A conferência de Nairobi que decorre sob o lema "Investir Em África É Criar Oportunidades" foi aberta numa altura em que os Estados-membros da EAC se preparam para instaurar um mercado comum e consolidar o processo de integração.
Assistiram igualmente a esta reunião outros representantes dos Estados-membros e empresários da região e de outras origens.
No seu discurso-programa, o Presidente ruandês, Paul Kagame, deplorou que as exportações agrícolas e mineiras de África tenham sido afectadas pela crise financeira internacional actual.
Kagame assegura actualmente a presidência da conferência cimeira dos Estados da EAC que criaram mecanismos adaptados para melhor fazer face à recessão.
O chefe de Estado ruandês lançou um desafio aos Estados-membros da organização para reflectir sobre uma revolução institucional para acelerar a harmonização das tarifas aduaneias e resolver as questões jurídicas que diminuem a instauração de mercados comuns e a integração da sub-região.
Ele lançou um apelo para que as pessoas deixem de se acusar mutuamente, aconselhando assim os Estados-membros da organização a comprometer-se a fazer da ideia dum mercado comum uma realidade.