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FMI prevê taxa de crescimento de 5% para São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou para
São Tomé e Príncipe uma taxa de crescimento anual de 5 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), graças a um maior investimento público, uma recuperação da produção do cacau e um aumento do investimento estrangeiro em turismo, soube-se de fonte oficial em São Tomé.

"Neste momento, São Tomé e Príncipe apresenta perspetivas económicas encorajadoras. As projecções do FMI apontam para um crescimento anual de 5% do PIB, graças a um maior investimento publico, uma recuperação da produção de cacau e um aumento do investimento estrangeiro em turismo", afirmou a directora do Departamento do FMI para África.

Antoinette Sayeh concluiu uma visita de dois dias a São Tomé e Príncipe, durante a qual manteve encontros com o ministro das Finanças, o presidente da Assembleia Nacional, o primeiro-ministro, ONG e organizações da sociedade civil.

"A inflação mantêm-se em cerca de 4%, o nível mais baixo das ultimas duas décadas. Foram recentemente implementadas várias reformas essências, nomeadamente a aprovação pela Assembleia Nacional da nova lei de resolução bancária e o governo já iniciou a regularização dos atrasados à EMAE (Empresa de Água e Eletricidade)", sublinhou.

A chefe da Divisão do FMI para África, que pela primeira esteve de visita ao país, disse durante uma conferência de imprensa que São Tomé e Príncipe se vê confrontado com a necessidade de introduzir reformas para consolidar o crescimento económico.

"Para reforçar a economia e consolidar o crescimento a um nível mais elevado, torna-se necessário prosseguir outras reformas importantes, tais como a melhorar a arrecadação fiscal e reforçar o sistema financeiro. É igualmente importante manter a prudência orçamental de modo a garantir que a dívida publica seja gerível", afirmou.

Em julho de 2015, o FMI aprovou um novo programa no âmbito do instrumento de crédito alargado para São Tomè e Príncipe no valor de 6,2 milhões de dólares americanos.

O acordo alicerça o programa de reformas económicas do governo, cujos objetivos são a consolidação das finanças públicas, a redução das debilidades da balança de pagamentos e regularização dos atrasados internos.

O programa lança igualmente as bases para um crescimento inclusivo mais sólido e desempenha um papel catalisador no âmbito da assistência e bilateral e multilateral.

-0- PANA RMG/TON 09fevereiro2016