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FMI aprova ajuda finaiceira para apoiar RCA no combate à Covid-19

Bangui, República Centroafricana (PANA) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou, segunda-feira, uma ajuda financeira de emergência de 38 milhões de dólares americanos a favor da República Centroafricana (RCA), para ajudar este país a satisfazer as necessidades urgentes da balança dos pagamentos ditadas pela pandemia de Covid-19 (coronavírus), ssegundo um comunicado do FMI transmitido, esta terça-feira na agência PANA.

Se não for contida, a pandemia poderá ter um impacto socioeconómico considerável na República Centroafricana, um estado frágil com um ambiente de segurança volátil, uma capacidade administrativa limitada, uma má governação e uma capacidade limitada para conter a pandemia, lê-se na nota.

Depois de ter aprovado o financiamento desta assistência financeira, a título de Facilidade de Crédito Rápido, o Conselho de Administração do FMI informou que a queda económica mundial e o encerramento das fronteiras já conduziram a uma redução considerável das atividades económcias da RCA, nomeamente nos setores da exportação de géneros alimentícios, do comércio e da construção que foram duramente afetados.

Depois das discussões do Conselho de Administração do FMI na RCA, o diretor-geral adjunto da instituição financeira internacional, Mitsuhiro Furusawa, divulgou um comunicado no qual informa que a crise mundial ligada à Covid-19 vai ter impactos consideráveis no plano socioeconómico ao nível da República Centroafricana.

"Um crescimento temporário do défice orçamental justifica-se a curto prazo para permitir a aplicação do plano de resposta, continuando a satisfazer as necessidades imensas do país no plano social, de infraestruturas e de segurança.

"A ajuda financeira de emergência do FMI dada em sinal de apoio à RCA no quadro do programa de Facilidade de Crédito Rápido e o apoio financeiro adicional dos doadores de fundo vão contribuir para catalisar as necessidades urgentes da balança dos pagamentos do país, apoiando esta redução orçamental temporária. A recente aprovação da redução do serviço da dívida a favor da RCA no quadro do Fundo Fiduciário de Contenção das Catástrofes (CCRT) vai jogar igualmente um papel essencial para o financiamento de recursos que permitam fazer face à pandemia de Covid-19”, indicou Furusawa.

A seu ver, a aplicação das políticas e reformas estruturais, com que se comprometeram autoridades centroafricanas, a título de ajuste do programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF), adotada em dezembro último, continua a ser um instrumento indispensável para garantir a estabilidade macroeconómica e a sustentabilidade da dívida, sem esquecer a restauração dum crescimento inclusivo apoiada.

Segundo o alto funcionário do FMI, apoios externos suplementares, de preferência sob forma de doações, são igualmente requeridos de maneira urgente para satisfazer as necessidades crescentes da RCA e diminuir o fardo financeiro da pandemia.

Estes apoios são igualmente necessários o restauro da prosperidade e da estabilidade política nacional, considerou.

Para limitar o impacto da pandemia no plano econíomico e humano, as autoridades centroafricanas adotaram medidas, das quais o encerramento das fronteiras, de escolas, e um prolongamento do recolher obrigatório, para conter a sua propagação e preparar um plano de resposta em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de reforçar a capacidade do sistema financeiro do país.

Além disso, o Banco dos Estados da África Central (BEAC) e a comissão bancária estão a tomar medidas para apoiar o crescimento e preservar o setor da estabilidade financeira na RCA, de acordo com o comunicado.

-0- PANA AR/MA/BAI/BEH/MAR/DD 21abril2020