Agência Panafricana de Notícias

FMI apoia economia na Libéria após Ébola

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um financiamento equivalente ao Direito de Tiragem Especial (DTE) da Libéria de 32 milhões e 300 (45 milhões e 600 mil dólares americanos), ou seja 25 porcento da sua quota FMI, a título da Facilidade de Crédito Rápido (FCR).

A aprovação cobre igualmente 25,84 milhões de DTE (cerca de 36 milhões e 500 mil dólares americanos), ou seja 20 porcento da quota do país, em redução imediata da dívida no quadro da Garantia de Restrição das Catástrofes e Socorros (CCR).

Um comunicado do FMI transmitido à PANA em Nova Iorque indicou terça-feira que a FCR fornece um apoio financeiro rápido num único pagamento, adiantado para os países de rendimento médio confrontados com necessidades urgentes de financiamento.

Sublinhou que a ajuda financeira, no quadro da FCR, é fornecida como um financiamento puro e simples ao Fundo Fiduciário da Redução da Pobreza e Crescimento (FRPC) admissível aos membros que fazem face a uma necessidade de equilíbrio dos pagamentos de emergência e onde um programa económico de pleno direito é necessário ou possível.

O Fundo Fiduciário CCR prevê uma ajuda de subvenção a ser utilizada como redução da dívida para os países elegíveis confrontados com catastrófes naturais maiores, incluindo as de saúde pública, sublinhou a fonte.

O FMI declarou que os Fundos FCR vão apoiar as autoridades para lutar contra a epidemia de Ébola, cobrindo o equilíbrio orçamental urgente e as necessidades da balança de pagamentos bem como reforçar as reservas internacionais.

« Este fundo suplementar do FMI deverá igualmente ajudar a catalisar uma ajuda suplementar da comunidade internacional, preferivelmente subvenções, enquanto os Fundos CCR servirão para reembolsar imediatamente as somas da dívida até ao equivalente de 20 porcento da quota da Libéria (25,84 milhões de DTE), soube-se da mesma fonte.
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Citado no comunicado, Naoyuki Shinohara, diretor-geral adjunto do FMI e presidente do Conselho, declarou que « a epidemia de Ébola continua a paralisar a economia liberiana.

Embora a baixa recente dos novos casos seja agradável, a atividade económica diminuiu consideravelmente e as necessidades de financiamento orçamental e exterior fazem sentir-se são cada vez mais do que previsto no momento do aumento da Facilidade Alargada de Crédito (FEC).

Naoyuki Shinohara indicou que a economia liberiana « devia estagnar em 2014 e contrair-se em 2015, devido ao impacto contínuo da epidemia e à baixa dos investimentos no setor mineiro e de infraestruturas, uma retomada progressiva da atividade económica deverá acontecer só em 2016, graças a um impulso nos serviços básicos".

-0- PANA AA/SEG/MTA/BEH/IBA/MAR/DD 25fev2015