Agência Panafricana de Notícias

Exército burkinabe desenvolve resiliência contra terrorismo

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - As Forças Armadas burkinabes desenvolveram, face ao surto do terrorismo, uma forma de resiliência "que está a dar resultados positivos no terreno", declarou quarta-feira o presidente do Parlamento burkinabe, Allassane Bala Sakandé.

Sakandé falava na abertura da primeira sessão regular do Parlamento para o ano 2019, na presença do seu homólogo do Senegal, Moustapha Niasse.

Segundo ele, a abertura dessa sessão parlamentar acontece numa altura em que "a guerra assimétrica imposta pelos inimigos do nosso povo entrou numa nova fase".

"De facto, embora convenha não ficarmos adormecidos pelos nossos louros e cantar vitória antecipada, é forçoso constatar que as nossas forças de defesa e  segurança desenvolveram uma certa resiliência cujos resultados no terreno forçam a  admiração e o otimismo", acrescentou.

O Burkina Faso enfrenta um ressurgimento de ataques terroristas, desde 2015, resultando em várias centenas de mortos e milhares de pessoas deslocadas, nomeadamente no leste e no norte do país.

Sakandé disse que "hoje, o terror mudou de campo" e que, perante esta situação, "os Burkinabe optaram por não juntar as suas vozes ao concerto das felicitações que chovem sobre as nossas forças de defesa e segurança", qualificando essa postura de "apátia".

"Ainda diante dessa situação, os Burkinabes escolheram conscientemente criar e manter a confusão", acrescentou-ele, notando que "essa atitude também tem nome: é cumplicidade".

Para o presidente do Parlamento  burkinabe, na luta contra o terrorismo, existem apenas dois campos possíveis: "O de mulheres e homens que escolheram a liberdade e a segurança dos Burkinabes e o das mulheres e homens que semeiam a confusão e servem a causa dos inimigos do nosso povo. "

"Cada um deve  escolher o seu campo, porque quando se é ambíguo, é porque se é suspeito e quando se é suspeito, é porque se é covarde", disse, prafraseando que "aqueles que não estão com a República estão necessariamente contra a República".

Ele observou que a "recuperação da segurança" registada atualmente "também decorre dos nossos esforços conjuntos, desde a adoção, implementação e monitoramento da Lei da Programação Militar".

Através do controlo da ação do Governo, a Assembleia Nacional multiplicará iniciativas para seguir mais de perto a implementação de políticas públicas, especialmente nas suas componentes de segurança,  prometeu.

"Ao proclamar-mo-nos advogados dos soldados e dos paramilitares no terreno, queremos que eles saibam que podem avançar calmamente na frente, pois  atrás deles está um povo de pé, orgulhoso e determinado", asseverou.

-0-PANA TNDD/BEH/DIM/IZ 07março2019