Agência Panafricana de Notícias

Exército acusa oposição de violências na Côte d'Ivoire

Abidjan- Côte d'Ivoire (PANA) -- As Forças de Defesa e Segurança da Côte d'Ivoire (FSD) acusaram, sexta-feira à noite, a oposição de ser responsável pelas violências perpetradas desde 12 de Fevereiro no país.
As violências seguem-se à dissolução pelo Presidente Laurent Gbagbo do Governo e da Comissão Eleitoral Independente (CEI).
"Os actos de vandalismo actualmente perpetrados por bandidos e por vândalos de toda espécie respondem sem dúvida à insurreição dos líderes políticos que aspiram a governar o país pela voz do seu porta-voz, Djédjé Mady", acusa o Exército numa declaração lida na televisão nacional pelo seu chefe do Estado- Maior, o general Philippe Mangou.
O general Mangou, que estava ladeado de comandantes superiores da Gendarmaria e da Polícia Nacional, disse que "as Forças de Defesa e Segurança responsabilizam a Coligação dos Houphouetistas para a Democracia e a Paz (RHDP) de todos os actos odiosos em curso e instam-os a estarem prontos a responder por estes actos".
Além do balanço humano de cinco mortos e numerosos feridos no seio das forças de segurança e dos manifestantes, 22 autocarros da empresa SOTRA foram destruídos e incendiados e prédios dos serviços da administração foram danificados, segundo as FSD.
O Exército sublinhou a sua preocupação em evitar à Côte d'Ivoire uma nova crise e apelou à calma e à moderação.
Na sequência das suas decisões de demitir o Governo e dissolver a CEI, o RHDP recusou-se reconhecer Laurent Gbagbo como Presidente da República da Côte d'Ivoire e convidou os seus militantes a reclamar "por todos os meios" a reabilitação da Comissão Eleitoral e a organização das eleições.
Desde então, a oposição organizou manifestações em Abidjan e no interior do país.