Agência Panafricana de Notícias

Ex-golpistas acusados de se opor ao desarmamento no Burkina Faso

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Os soldados do Regimento de Segurança Presidencial (RSP) recusam-se a continuar o seu desarmamento iniciado no rescaldo da dissolução desta unidade, autora de golpe de Estado de 16 de setembro último no Burkina Faso, deplora o Estado-Maior das Forças Armadas num comunicado divulgado esta segunda-feira em Ouagadougou.

As Forças Armadas acusam ainda os ex-golpistas de criarem incidentes agredindo o pessoal encarregue do desarmamento e denuncia "o comportamento ambiguo" do general Gilbert Diendéré, antigo homem de confiança do deposto Presidente Blaise Compaoré e protagonista do golpe de Estado.

Uma semana depois deste incidente da autoria do general Gilbert Diendéré, líder duma unidade de elite militar de mil e 300 homens, o Governo de transição anunciou sexta-feira última a dissolução da referida estrutura designada Regimento Especial Presidencial (RSP).

O Conselho de Ministros, reunido o mesmo dia, demitiu o vice-ministro junto da Presidência encarregue da Segurança, Sidi Paré, e as do chefe de Estado-Maior particular da presidência, o major-coronel Boureima Kéré.

As Forças Armadas nacionais do Burkina Faso reafirmaram "a sua firme vontade de fazer respeitar as disposições tomadas pelas autoridades políticas" tomando como testemunhas a opinião nacional e a internacional.

O Estado-Maior das Forças Armadas apelou igualmente às populações do Burkina Faso, particularmente as da cidade de Ouagadougou e circundantes, a continuarem vigilantes, assinalando às Forças de Defesa e Segurança qualquer comportamento suspeito e estando prontos para aplicar as medidas de segurança que possam ser dadas a qualquer altura.

-0- PANA NDT/JSG/MAR/DD 28set2015