Agência Panafricana de Notícias

Ex-golpistas acusados de recorrer a grupos jihadistas no Burkina Faso

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O Governo de transição do Burkina Faso acusou esta segunda-feira os ex-golpistas, que “recusam” a desarmar-se, de recorrer a “forças estrangeiras” e “jihadistas” a fim de realizar o seu “funesto plano”.

Num comunicado publicado esta segunda-feira, o Governo de transição explicou que se trata dum « punhado de irredutíveis », « instrumentalizados » pelo general Gilbert Diendéré, antigo braço direito do ex-Presidente Blaise Compaoré e do seu último chefe da diplomacia, o general Djibril Bassolé.

O Governo defendeu que este « punhado de ex-golpistas » sequestrou não apenas os membros do antigo Regimento de Segurança Presidencial (RSP) que desejam juntar-se ao campo da razão, mas igualmente "o pessoal das Forças Armadas encarregue da retirada das armas".

« Face a tais atos, que demonstram de novo que um punhado de indivíduos está pronto para sacrificar o futuro do nosso país no altar dos seus interesses egoístas, o Governo de transição apela para a mobilização e a vigilância », prosseguiu o texto.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Pingrenoma Zagré, deplorou, num comunicado publicado esta segunda-feira em Ouagadougou, que os militares do RSP se recusam a continuar o seu desarmamento iniciado na sequência da dissolução da sua unidade, autora do golpe de Estado perpetrado a 16 de setembro último.

Uma fonte militar afirma que o processo de desarmamento enfrentou várias dificuldades na aplicação do acordo concluído a 23 de setembro corrente entre oficiais que representam a unidade golpista e as forças lealistas que prevêem « garantir a segurança do pessoal do RSP e das suas famílias ».

Para o Governo de transição, « todas » as garantias de segurança foram dadas aos militares do RSP e às suas famílias e vários elementos se renderam e juntaram ao « campo da razão ».

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas às populações do país, particularmente as de Ouagadougou (capital) e dos arredores, para continuar vigilantes, informar às forças de defesa e segurança sobre qualquer comportamento suspeito e estarem prontas para aplicar as medidas de segurança que poderão ser dadas a qualquer momento.

-0- PANA NDT/IS/FK/TON 28set2015