Agência Panafricana de Notícias

Ex-Presidente são-tomense critica gestão da crise da covid-19 no país

São Tomé, São Tomé e Príncipe - (PANA) - Manuel Pinto da Costa, ex-Presidente são-tomense (1975-1991 e 2010-2014), mostrou-se pela primeira vez preocupado pela forma como o Governo está a gerir a crise sanitária da covid-19, no país, que "poderá transformar-se num desastre total".

“Estamos a viver uma pandemia extremamente grave para São Tomé e Príncipe e se não soubermos gerir convenientemente bem esta situação vai ser um desastre total deo ponto de vista económico, social e político” afirmou Manuel Pinto da Costa, numa entrevista a imprensa, a primeira desde o surgimento da pandemia.

O primeiro Presidente são-tomense prevê que caso as políticas em curso fracassem, surgirá no país uma “desgraça pior que a pandemia” e que o país não está preparado para enfrentar tal situação”

Manuel Pinto da Costa, um dos fundadores do MLSTP-PSD, indicou que as ações do Governo do primeiro-ministro Jorge Bom Jesus” demonstram que o Executivo "não estava preparado para tal", mas que agora "está completamente desorganizado, e improvisando as coisas”

Enfatizou ainda que “o nível da organização interna, não garante sucesso na luta contra a pandemia.

Pinto da Costa considera que deve haver uma liderança forte neste momento, e alertou que não tem visto onde é que está essa liderança&rdquo, recorda do que “não quer com isso dizer que será candidato a qualquer liderança”.

O País precisa de ouvir a opiniões de todos, as forças políticas sociais e diáspora”, defendeu em declarações feitas depois da divulgação dos resultados de testes PCR, realizados no Instituto Ricardo Jorge, em Portugal, que fizeram disparar o número de infetados com a covid-19 para 441, incluindo 12 pessoas mortas.

Opinou que depois da realização de testes massivos à população, acredita que haverá mais pessoas infetadas, uma vez que, no seu entender, os que estão em casa não aparecem no sistema nacional de saúde

Na última sexta feira, Manuel Pinto da Costa, através da sua fundação fez, chegar ao país, vários matériais médicos e hospitalares de apoio ao sistema nacional de saúde para combater a pandemia que em dois meses já infetou centenas de São-tomenses.

-0- PANA RMG/IZ 28maio2020