Agência Panafricana de Notícias

Ex-Presidente cabo-verdiano otimista sobre situação na Tunísia

Praia, Cabo Verde (PANA) – O antigo Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, disse sexta-feira, na cidade da Praia, estar otimista em relação à melhoria da situação política na Tunísia, considerando que há condições para o sucesso do diálogo entre os atores políticos tunisinos, soube a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.

O ex-chefe de Estado cabo-verdiano (2001-2011) considera que o problema tunisino não tem a gravidade da situação vivida noutros países norte africanos como o Egito e a Líbia, “apesar do impasse nos trabalhos do Parlamento referente à aprovação de uma nova Constituição da República e de persistirem algumas divergências de fundo entre atores e forças políticas”.

Na opinião de Pedro Pires, que concluiu uma missão de quatro dias à Tunísia enquanto enviado especial da presidente da Comissão da União Africana (UA) Nkosazana Dlamini Zuma, “os processos de transição geralmente são complexos e não se resolvem num só dia”.

Ele explicou que a sua missão a Tunes orientou-se na direção do estabelecimento de um diálogo que possa conduzir a um compromisso visando uma solução política duradoura naquele país do Magrebe.

A par disso, "levar a que esses atores políticos avaliassem uma questão que é extremamente importante: os processos de transição geralmente são complexos e não se resolvem num só dia”, adiantou.

“A nossa presença mostrou, por um lado, o valor que a União Africana dá ao desenvolvimento dessas relações, o seu compromisso com a paz, a segurança, mas também com a consideração que nutre pelas jovens democracias”, precisou.

O ex-chefe de Estado cabo-verdiano, para quem a missão foi “bem acolhida”, disse estar, por isso, “moderadamente otimista e convencido” de que os atores políticos tunisinos vão saber ultrapassar os bloqueios que ainda persistem.

Pedro Pires recordou que já existe o compromisso de que os trabalhos do Parlamento vão ser retomados no sentido da aprovação de uma nova Constituição da República e de outras leis fundamentais.

O enviado especial da UA considera que aprovação dessas medidas são “indispensáveis” para a estabilização definitiva da Tunisia.

-0- PANA CS/TON 23agosto2013