Agência Panafricana de Notícias

Estudantes santomenses exigem libertação imediata de alunas raptadas na Nigéria

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) – Perto de cinco mil estudantes santomenses exigiram esta sexta-feira a libertação imediata das mais de 230 alunas nigerianas raptadas há quase um mês pelo grupo radical islamita Boko Haram em Chibok, no Estado de Borno, no norte da Nigéria.

A exigência dos estudantes santomenses do Liceu Nacional, o maior estabelecimento de ensino do país, consta de uma petição depositada junto da missão diplomática nigeriana na capital do arquipélago, São Tomé, como complemento a outras iniciativas da comunidade internacional a favor das jovens.

Para além da libertação imediata das meninas, os cerca de cinco mil estudantes santomenses exigem também o fim da violência sectária que grassa na Nigéria por obra do grupo Boko Haram.

Francisco Marcelo, diretor do Liceu Nacional, afirmou que, nos próximos dias, várias outras atividades em prol das raparigas desaparecidas na Nigéria terão lugar em São Tomé no decorrer das manifestações alusivas ao dia de África, o 25 de Maio.

“Apelamos ao Governo nigeriano para dialogar para que haja paz e para o bem da estabilidade”, disse Marcelo em declarações à PANA.

Durante a marcha de sexta-feira pelas artérias de São Tomé, os manifestantes fizeram-se acompanhar de cartazes, exprimindo a sua condenação pelo ato, e exigindo o fim da violência que tem feito vítimas mortais.

“São jovens inocentes e queremos que elas voltem às suas casas para que possam estar próximas das suas famílias. Este é o nosso apelo”, sublinhou Jeisa Correia.

Por sua vez, Saudu Tiggi, encarregado de Negócios da embaixada da Nigéria em São Tomé, que recebeu a missiva, agradeceu o gesto dos estudantes e do país inteiro.

Tiggi, falando diante da representação diplomática nigeriana, situada ao lado da sede das Nações Unidas no arquipélago, prometeu que o embaixador nigeriano vai encaminhar a mensagem às autoridades do seu país.

São Tomé e Príncipe e a Nigéria são países vizinhos e as suas relações têm maior peso no ramo económico, particularmente no âmbito da exploração conjunta de petróleo na fronteira marítima comum.

-0- PANA RMG/IZ 16maio2014