Agência Panafricana de Notícias

Estados Unidos priorizam uso de meios não militares na luta contra terrorismo


Nairobi, Quénia (PANA) – O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em visita ao Quénia, insistiu na necessidade de lutar contra o terrorismo por meios não militares, intensificando nomeadamente as patrulhas nas fronteiras entre o Quénia e a Somália, e detendo os que financiam e planificam as atividades terroristas.

« Sejamos claros. O único lugar para as milícias Al Qaeda, Al Shabab e Boko Haram é o passado. Elas não têm nenhum futuro. Devemos todos unir-nos para lutar contra o terror, pois a nossa solidariedade é mais forte do que qualquer ataque terrorista. O terrorismo sempre fracassará”, defendeu Kerry durante uma reunião segunda-feira com os sobreviventes do ataque à bomba da Embaixada dos Estados Unidos, na capital queniana (Nairobi).

No local da explosão da bomba em Nairobi, na zona da antiga embaixada norte-americana, Kerry disse que, além da mera luta contra o terrorismo por meios militares, as autoridades devem também focalizar-se no reforço da governação e ajudar a forjar a unidade dos dois lados das fronteiras e a reduzir as clivagens raciais e étnicas que utilizam os terroristas para radicalizar as pessoas.

Durante o seu encontro de segunda-feira em Nairobi, com a oposição, foi pedido a Kerry para convencer o Governo queniano a retirar os seus soldados da Somália.

"Pedimos-lhe para falar ao Governo e propor um plano para ajudar as Forças de Defesa Quenianas a regressar da Somália », disse o antigo Vice-Presidente do Quénia, Kalonzo Musyoka. “Enquanto coligação, insistimos no facto de que as KDF devem imediatamente regressar ao seu país », acrescentou.

Kerry declarou mais tarde, durante uma conferência de imprensa, que a retirada das tropas quenianas deve estar baseada nos interesses de segurança nacionais do Quénia.

Segundo algumas fontes, o chefe do Estado-Maior cessante do Exército queniano, o general Julius Karangi, substituído pelo general Joseph Mwathethe, declarou segunda-feira, em Nairobi, durante a cerimónia de despedida, que os soldados devem permanecer na Somália.

-0- PANA AO/SEG/NFB/JSG/FK/IZ 05maio2015