Agência Panafricana de Notícias

Estado nigeriano denuncia desinformação de médias sociais sobre vírus de Ébola

Lagos, Nigéria (PANA) – As autoridades da capital económica nigeriana, Lagos, onde o primeiro caso da Doença do Vírus do Ébola (DVE) foi registado na Nigéria depois da sua introdução por um cidadão liberiano, denunciaram a desinformação veiculada pelos médias sociais relativa a esta patologia.

Elas deploraram o papel negativo que os médias sociais desempenham através da difusão de "mentiras" relativas à epidemia da DVE, declarando que esta situação dificulta os esforços do Governo visando conter a doença.

« Os médias sociais continuaram a criar ansiedade e preocupações inúteis e evitáveis na sociedade. Eles têm a capacidade de minar os esforços envidados para conter e gerir esta epidemia devido ao facto de que os que deveriam apresentar-se para tratamento podem ser desencorajados », declarou terça-feira aos jornalistas o comissário da Saúde, Jide Idris.

O comissário Idris, que fornecia uma atualização sobre o estado dos esforços do Governo para restringir a doença, declarou que, contrariamente aos rumores divulgados pela imprensa social, nenhuma família do finado Dr. Adadevoh está no hospital ou no isolamento por teste positivo de DVE.

A DVE matou até agora cinco pessoas na Nigéria em 13 casos registados, enquanto cinco pessoas infetadas foram tratadas e tiveram alta.

O ministro nigeriano da Saúde, Onyebuch Chukwu, anunciou terça-feira que apenas uma pessoa está a receber tratamento pela DVE no país.

« O caso restante a tratar é um contacto secundário do caso de (cidadão liberiano) Patrick Sawyer. Trata-se da esposa de um dos médicos que participou na gestão do caso Sawyer. O doente está estável, mas continua a receber tratamento no serviço de isolamento em Lagos », declarou Chukwu.

Desde a última eclosão na Guiné Conacry em dezembro de 2013, a DVE propagou-se na Libéria, na Serra Leoa e na Nigéria, matando um total de mil e 427 pessoas.

-0- PANA SB/SEG/MTA/BEH/FK/TON 26 agosto 2014