Agência Panafricana de Notícias

Estado de Lagos denuncia relatório de Amnesty International sobre expulsão forçada

Lagos, Nigéria (PANA) – O Estado de Lagos, o mais povoado da Nigéria, criticou a Amnistia Internacional (AI) devido ao seu relatório sobre a expulsão forçada de nove mil habitantes de uma favela da mesma cidade, que teriam perdido as suas casas ou seus meios de subsistência durante esta operação.

Ao refutar esta acusação, o Governo do Estado de Lagos acusou o organismo internacional de defesa dos direitos humanos de ingerência num litígio fundiário, sem conhecer os princípios da Constituição nigeriana.

O Procurador-Geral e Comissário para a Justiça de Lagos, Ade Ipaye, reprovou terça-feira a atitude da AI e explicou que o espaço em questão pertencia ao Governo do Estado de Lagos, contrariamente às alegações dos habitantes e de outras organizações de defesa dos direitos humanos.

"A Amnistia Internacional não pode determinar quem deve possuir terras em Lagos, em Abuja (acapital federal) e noutros Estados", sublinhou o Comissário.

Segunda-feira, a AI e o Centro dos Direitos Humanos para a Ação Social e Económico (SERAC) exigiram a cessação imediata das expulsões maciças no Estado de Lagos até que medidas sejam tomadas para proteger as pessoas lesadas.

Segundo eles, imagens satélites revelaram a verdadeira amplitude das expulsões em Badia East, na periferia de Lagos, e estimaram o número dos expulsos em nove mil.

-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/DD 14ago2013