Agência Panafricana de Notícias

Esperança média de vida aumenta oito anos em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - Cabo Verde tem uma esperança média de vida de 74 anos, mais oito do que em 1990, de acordo com as estatísticas anuais da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicadas quarta-feira última.

Os dados referentes a Cabo Verde demonstram que, a nível dos países de língua portuguesa, o país apresenta a mesma esperança de vida que o Brasil, sendo apenas ultrapassado por Portugal com uma média de 84 anos.

Angola, Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os países, todos africanos, onde a esperança de vida para homens e mulheres é inferior a 55 anos.

Em São Tomé e Príncipe, a esperança média de vida à nascença é de 67 anos (mais seis que em 1990), enquanto em Timor-Leste, ela é de 66 anos, tendo este país registado um crescimento de 16 anos.

Segundo a OMS, a República Centroafricana, o Tchad, a Côte d’Ivoire, a República Democrática do Congo, o Lesoto e a Serra Leoa são os restantes países da África Subsariana onde a esperança de vida não ultrapassa os 55 anos.

O Japão é o país onde as mulheres têm a maior esperança de vida à nascença (87 anos), seguindo-se Espanha, Suíça e Singapura (85,1), Itália (85), França (84,9), Austrália e Coreia do sul (84,6), Luxemburgo (84,1) e Portugal (84).

Quanto aos homens nascidos em 2012, os Islandeses são os que vivem mais (81,2 anos), surgindo a Suíça em segundo lugar (80,7 anos) e depois a Austrália (80,5 anos).

De uma forma geral, a esperança média de vida aumentou seis anos em todo o mundo, ou seja, uma rapariga nascida em 2012 pode viver até aos 73 anos e um rapaz até aos 68.

Segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, na apresentação do relatório, “uma razão importante que justifica que a esperança de vida global tenha aumentado tanto é que estão a morrer menos crianças antes do seu quinto aniversário”.

No entanto, a organização alertou que ainda prevalece uma grande divisão entre países pobres e ricos.

“As pessoas de países com rendimentos elevados continuam a ter muito mais probabilidades de ter uma vida longa do que as pessoas em países com baixos rendimentos”, explicou a diretora-geral da OMS.

-0- PANA CS/DD 16mai02014