Agência Panafricana de Notícias

Epidemia da febre Lassa já fez 70 mortos na Nigéria

Abuja, Nigéria (PANA) - Um total de 70 pessoas foram mortas pela epidemia da febre de Lassa na Nigéria, informou na quarta-feira o Centro de Controlo de Doenças da Nigéria (NCDC).

A agência nigeriana de controlo de doenças, no seu relatório semanal sobre a situação da doença de Lassa, diz que, desde o início do ano, novos casos suspeitos e confirmados foram relatados.

Especificamente, durante a semana de apresentação do relatório, o NCDC indicou que havia 482 casos suspeitos da doença de Lassa e 104 novos casos confirmados. Durante a mesma semana, foi relatado um total de oito mortes.

O número de casos recentemente confirmados aumentou de 104 na quinta semana para 109 casos.

Destes, quatro novos trabalhadores da saúde foram afetados nos Estados de Ondo, Delta e Kaduna.

De 1 de janeiro a 9 de fevereiro, a Nigéria registou mil 708 casos suspeitos, incluindo 472 casos confirmados, quatro casos prováveis e 70 mortes em 92 autarquias de 26 Estados.

O NCDC relatou que, cumulativamente, da primeira à sexta semana, 70 mortes foram relatadas, com uma taxa de mortalidade de 14,8 por cento.

Destes, 74 por cento de todos os casos confirmados ocorreram nos Estados de Edo, Ondo e Ebonyi.

Estes três Estados têm estado no topo do ranking da febre Lassa no país nos últimos anos.

Esta situação tem levantado preocupações entre os especialistas em saúde e cientistas de que o Governo não está à procura de uma solução séria para conter a doença.

A maioria dos infectados está na faixa etária de 21-30 anos. Além disso, a relação homem-mulher para casos confirmados é de 1:1.2, como era na semana anterior.

Na sexta semana, houve um aumento significativo no número de casos suspeitos em comparação com o relatado para o mesmo período em 2019.

A Nigéria enfrenta o flagelo da epidemia da febre de Lassa desde o início do ano, que já foi assinalada em 26 Estados.

A doença tornou-se numa epidemia em todo o país, como ocorre ao longo do ano, com um aumento dos casos a partir de novembro e um pico em maio.

Embora a doença seja tratável, ainda tem um elevado número de mortes e casos confirmados.

-0- PANA MON/VAO/ASA/IZ CJB 12fev2020