Agência Panafricana de Notícias

Empurrão durante comício presidencial faz 11 mortos na Nigéria

Lagos, Nigéria (PANA) – O balanço dum empurrão ocorrido no fim-de-semana passado durante um comício político para o lançamento da campanha eleitoral em Port Harcourt, capital do Estado de Rivers, no sul da Nigéria, estima-se em 11 mortos e 29 feridos, segundo a Polícia.

A porta-voz da Polícia do Estado de Rivers, Rita Inoma-Abbey, confirmou os dados aos jornalistas e declarou que a identidade dos feridos ainda não foi determinada.

Testemunhas declararam que o drama ocorreu numa altura em que várias pessoas tentavam deixar o Liberation Stadium, local da manifestação, onde o Presidente Goodluck Jonathan desejava lançar a sua campanha eleitoral para as eleições presidenciais de abril próximo.

Segundo eles, a recusa dos agentes da segurança, na sua maioria polícias e militares, de abrir as portas principais para permitir a saída das pessoas criou este empurrão no qual as vítimas, essencialmente mulheres, foram pisadas até morrer.

A situação foi agravada pelos disparos feitos ao ar pelos polícias.

Esta é a segunda tragédia no mesmo dia, já que o cortejo presidencial que se deslocava para o estádio esteve implicado num acidente que custou a vida a duas pessoas.

O Presidente Gooluck Jonathan exigiu inquéritos minuciosos sobre as causas do empurrão no Liberation Stadium.

A porta-voz da Presidência, Ima Niboro, indicou num comunicado que “o Presidente Goodluck Ebele Jonathan soube com consternação e pena da notícia destas perdas infelizes em vidas humanas devido a um empurrão ocorrido no Liberation Stadium de Port Harcourt, durante o arranque da sua campanha presidencial na região South-South”.

« Estou afetado e magoado por esta tragédia. É triste e deplorável. Compadeço-me com a dor dos que perderam um ente querido e observo esta noite o luto com eles. Que Deus nos dê a força de ultrapassar esta perda crual », declarou.

Goodluck Jonathan, candidato às presidenciais pelo partido no poder, o Partido Popular Democrático (PDP) para as eleições gerais de abril, procedia ao lançamento da sua campanha nas seis zonas geopolíticas que conta o país.

Contudo, a campanha foi manchada por controvérsia desde o primeiro dia no Centro-Norte, onde o seu cortejo foi apedrejado pelas populações descontentes, o que provocou confrontos entre os manifestantes e a Polícia que fizeram três mortos.

Num outro comício no Sudoeste, o Presidente foi atacado quando tratou os governadores da oposição da região de « ralé » .

-0- PANA SEG/ASA/TBM/IBA/MAR/TON 14fev2011