Agência Panafricana de Notícias

Eleição de Kadafi à presidência da UA suscita optimismo

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- As reacções de reis, de sobas, de homens políticos, de intelectuais e de jornalistas que participam na XII cimeira da União Africana (UA) à eleição do guia líbio, Muamar Kadafi, à presidência da organização panafricana, refletiam, todas elas, um sentimento de certezas e de esperança de que o continente vai doravante progredir e conseguir resolver os conflitos ao falar com uma só voz.
Estas reacções mostraram igualmente que a assunção do líder líbio à presidência rotativa da UA vai permitir à África ocupar o seu lugar no novo mapa do mundo com um agrupamento federal a trabalhar enquanto instrumento executivo para traduzir as decisões africanas em actos concretos e ser um parceiro potente entre os outros espaços políticos, económicos e sociais que formam o mundo hoje.
Neste âmbito, a sua Majestade Tossah Gbaguidi XIII, Rei dos Savolo do Benin, afirmou que "o guia Kadafi constitui uma maior esperança para a África e acredito que, durante o seu mandato à frente da UA, a África vai mobilizar-se e vai mudar em vários domínios.
Vai mudar no plano tradicional pois é através das nossas tradições que podemos nós desenvolver.
O nosso guia vai, sem dúvida, resolver todas as crises.
Sabemos que os que se matam hoje são os nossos parentes.
Vamos tratar com eles com carinho como fazemos com as nossas crianças.
Acredito que os nossos irmãos africanos que fazem a guerra vão juntar-se a nós para que as guerras parem".
O rei Tossah Gbaguidi XIII acrescentou que "vamos com carinho sob a presidência do guia Kadafi dialogar para resolver os problemas.
Vamos trabalhar também na sensibilização dos nossos irmãos à importância do diálogo para podermos sentar-nos juntos".
A autoridade tradicional manifestou a sua convicção de que a questão que se coloca hoje é a da partilha do poder e das riquezas.
"E isto, compredémo-lo e vamos para a partilha do poder e das riquezas de modo equitativo para que cessem todos os conflitos", exortou.
Por sua vez, o conselheiro do Presidente sudanês, Mustapha Othaman Ismaël, disse que a rica experiência do guia Muamar Kadafi na instauração da paz em diversos países africanos, bem como a sua longa experiência no processo de unificação do continente africano, fará do seu mandato à frente da UA um dos mais bem sucedidos e mais proveitosos para a África, nomeadamente na área da conclusão da independência do continente africano, da unificação da suas vias nos domínios do comércio, dos negócios estrangeiros, da defesa e da resolução das crises entre os países.
Respondendo a uma pergunta relativa ao conflito em Darfur (oeste do Sudão), Ismaël indicou que "com certeza, Kadafi não é estranho a Darfur e vai ajudar na resolução desta questão e vai mesmo encerrar definitivamente este dossier".
Por sua vez, o rei Tchiffi Zie Jean Gervais, da Côte d'Ivoire, sublinhou que a eleição do guia líbio à frente da UA significa o fim real da colonização da África.
Ele acrescentou que "o guia Kadafi restituiu o poder à autoridade tradicional do continente que detia o poder antes da colonização da África.
É por isso que a nossa presença aqui é um símbolo muito forte".
Indicou que Kadafi vai, sem dúvida, trabalhar para que este continente se desenvolva.
"Dizemos ao rei dos reis que nos orgulhamos dele pois é ele o nosso orgulho", regozijou-se.
Por sua vez, o ministro sudanês da Justiça, Abdelbasset Sabdarat, afirmou que "o guia Kadafi faz parte dos grandes deste mundo.
"Quando a África o elege à Presidência da UA, disto concluimos que esta organização continental vai realizar o que não pôde ser realizado antes e o líder líbio vai concretizar a grande tarefa, nomeadamente a realização do sonho da criação do governo federal africano", frisou.
No que diz respeito à resolução dos conflitos, ele afirmou que "estamos convencidos de que os grandes conflitos em África serão resolvidos durante a presidência do líder líbio, nomeadamente os de Darfur, dos Grandes Lagos e da Somália".
Por seu turno, um jornalista senegalês, Oumar Faye, precisou que o guia Kadafi trabalhou muito para a unidade da África e para a criação de um governo federal africano.
"Desde Sírtes (centro da Líbia) 9-9-99 (data da fundação da UA), iniciou-se uma verdadeira batalha para que a unidade da África se torne finalmente numa realidade", acrescentou.
Na sua opinião, é portanto justo que o guia líbio seja hoje o presidente da UA.
"Temos plena confiança no seu mandato e vamos assistir à criação real do governo federal africano.
Estamos certos de que ele vai colocar toda a sua energia para que as ambições dos Africanos se realizem.
Estamos contentes e satisfeitos pois temos hoje pela primeira vez um dirigente à frente da UA, totalmente empenhado na causa africana", afirmou.
Por sua vez, o ministro sudanês do Transporte, Estradas, Pontes e Calçadas, Philip Ton Lik, manifestou a sua esperança de ver o continente resolver os seus problemas durante a presidência da UA pelo guia Muamar Kadafi.
O responsável sudanês acrescentou que o continente africano precisa de analisar três grandes dossiers para realizar a sua unidade, nomeadamente a resolução de conflitos e a cessação das guerras, a conexão dos países do continente entre eles por meios de comunicação e a melhoria do rendimento da economia africana.
Ele afirmou que o guia Muamar Kadafi é consciente da importância destes dossiers, o que, disse, suscita a maior esperança de que a África realiza o seu sonho de unidade e complementaridade durante o seu mandato.