Agência Panafricana de Notícias

Economia angolana continua forte apesar da crise do petróleo

Cabinda, Angola (PANA) - A economia angolana mantém-se "forte", apesar da queda das receitas fiscais provocada pela baixa dos preços do petróleo, declarou sexta-feira o governador do Banco Nacional de Angola (BNA, central), José Pedro de Morais.

"A economia está boa no país. Está forte, mesmo depois da queda das receitas fiscais e da receita externa", indicou Pedro de Morais quando falava durante uma visita de algumas horas que efetuou à província petrolífera angolana de Cabinda (norte).

Ele afirmou que o país tem vindo a ultrapassar as suas dificuldades e considerou que "a componente pública da nossa economia que é representada pelos investimentos público e pelas administrações públicas já se ajustou".

Segundo o ogovernador, "agora é preciso que o setor não público da nossa economia se ajuste e há recomendação de que este ajustamento tenha sobretudo a ver com a exposição aos mercados externos (...)".

Isto porque, prosseguiu, o país não pode continuar a ter setores económicos extremamente demandadores de recursos externos sem que os possa gerar internamente, constituindo este um desbalanço que "tem que ser eliminado rapidamente para que a nossa economia saia ainda mais forte desta crise".

Na mesma ocosião, o governador José Pedro de Morais afirmou existirem boas relações entre o BNA e outras instituições bancárias internacionais, e desmentiu a existência de qualquer proibição da venda de dólares americanos ao BNA como vem sendo veiculado.

"Não há proibição nenhuma de venda de dólares a Angola por parte dos Estados Unidos. O nosso país tem relações normais com os Estados Unidos e com as Instituições financeiras americanas", esclareceu.

Ele disse existirem sim recomendações internacionais contra a circulação com notas físicas e que já estão inseridas no regulamento do BNA. "Nós temos esse regulamento que desencoraja a população de levantar notas físicas em kwanzas a não ser para necessidades muito específicas e que devem ser justificadas".

"O nosso país continua a ter a disponibilidade de divisas que tinha antes. Não se alterou nada. Os bancos têm que passar a introduzir meios de pagamento mais modernos (…), podem ter a certeza de que usar a nota física para fazer pagamentos é um modo de atuação da pré-história", asseverou.

-0- PANA IZ ANGOP/IZ 14nov2015