Agência Panafricana de Notícias

Doadores internacionais prometem ajuda de $ 600 milhões ao Sudão do Sul

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Os doadores internacionais prometeram, terça-feira, mais de 600 milhões de dólares americanos ao Sudão do Sul no termo de uma conferência organizada em Oslo pela Noruegua e pelas Nações Unidas para prevenir a fome e defender os direitos humanos neste país destruído por vários meses de guerra civil.

A Sub-Secretária-Geral da ONU para os Assuntos Humanitários e coordenadora dos Socorros de Emergência, Valerie Amos, que copresidiu à conferência com o ministro norueguês dos Negócios Estrangeiros, Borge Brende, declarou que "estas promessas generosas vão, uma vez respeitadas, permitir prestar uma assistência para poupar a vida das pessoas mais vulneráveis no Sudão do Sul e dos indivíduos que se refugiaram nos países vizinhos".

Ela indicou que a ONU e os seus parceiros humanitários devem agora desempenhar o seu papel e cumprir as suas promessas.

Lembrou que, antes da conferência dos doadores, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou a necessidade de cerca um bilião 260 milhões de dólares americanos suplementares para responder a necessidades avaliadas em um bilião 800 milhões de dólares americanos para este ano.

A responsável da ONU notou que estes fundos suplementares permitirão às organizações humanitárias prestar uma ajuda de emergência em alimentos, água e abrigo.

Do seu lado, o ministro norueguês dos Negócios Estrangeiros declarou que "nós esperamos que as partes beligerantes respeitem o acordo assinado a 9 de maio último e que os confrontos cessem para que as pessoas possam fazer os seus trabalhos agrícolas e ocupar-se do seu gado" .

O Sudão do Sul está mergulhado numa crise iniciada em meados de dezembro de 2013 na sequência de divergências políticas entre o Presidente Salva Kiir e o seu então Vice-Presidente, Riek Machar, que foi demitido no início de 2014.

Esta discórdia ao mais alto nível do Estado provocou confrontos mortíferos que levaram milhares de pessoas a refugiar-se nas bases da ONU no país.

Os protagonistas assinaram em abril último um « acordo de resolução da crise » para pôr termo à violência.

-0- PANA AA/VAO/ASA/TBM/SOC/FK/IZ 21maio2014