Agência Panafricana de Notícias

Crise na Federação São-tomense de Futebol

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O segundo vice-presidente da Federação São-tomense de Futebol (FSF), Jasi Ramos, demitiu-se das suas funções, a um mês das eleições neste organismo, por alegada ingerência política nos assuntos internos da instituição presidida por Nino Monteiro, soube-se de fonte oficial em São Tomé.

“Há mais pessoas a sofrerem exclusão e saneamento, só porque ao mais alto nível houve um movimento a favor de um determinado partido político que já não se encontra no poder (Ação Democrática Independente)”, declarou Jasi Ramos.

Jasi Ramos, que foi ao longo dos últimos tempos um dos aliados fortes de Nino Monteiro, denunciou que, para além dele, existem outros membros da Comissão Executiva da instância reitora do futebol são-tomense "que estão a ser excluídos".

Segundo ele, a ingerência política chegou ao pico antes das eleições legislativas de 7 de outubro passado, quando o presidente da FSF convidou todos os membros da Comissão Executiva e do Secretariado a apoiarem a campanha eleitora da ADI e do seu presidente, Patrice Trovoada.

Desafiou quem o queira contrariar, afirmando ser "conhecedor de todas as manobras políticas internas", e acusando Nino Monteiro de defender “interesses políticos em detrimento dos desportivos”.

No seu entender, algo deve ser feito para salvar o futebol para o bem-estar dos amantes e dos seus praticantes sobretudo os mais novos.

Nino Monteiro chegou à liderança da Federação, em janeiro de 2015, e dentro de um mês cessa as funções.

Mas o primeiro vice-presidente da FSF, José Adalberto Catambe, saiu em defesa de Nino Monteiro, desmentindo todas as acusações a este imputadas, e garantindo que "não existe saneamento no organismo”.

“Os nossos membros do Executivo e do Secretariado são gentes do MLSTP/PSD, PCD e ADI.
Estranha-nos hoje que, volvidos aproximadamente quatro anos, Jasi venha reclamar contra motivações de perseguição", retorquiu.

-0- PANA RMG/IZ 05dez2018