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Controladores aéreos cancelam greve em Luanda

Luanda, Angola (PANA) - A greve dos controladores de tráfego aéreo convocada para terça-feira, na capital angolana, Luanda, foi cancelada após um entendimento parcial com a entidade patronal sobre as exigências dos trabalhadores, anunciou o porta-voz sindical, Henda Pitra.

Pitra disse que este entendimento foi alcançado após “várias horas de negociações” com a entidade patronal, que acolheu parte das exigências dos trabalhadores que incluem melhorias salariais.

“Fomos até além da meia-noite e chegamos a um acordo que pressupõe o levantamento da greve", disse o porta-voz para explicar que a entidade patronal "aceitou algumas exigências dos trabalhadores, sobretudo as que tinham a ver com o reajuste salarial”.

Em declarações à estatal Rádio Nacional de Angola (RNA), Henda Pitra confirmou que o “essencial” das reivindicações dos trabalhadores foi acolhido pela entidade patronal.

“Não foram aceites nas proporções que consideramos ideais, mas o que passou é para já satisfatório”, disse, sem dar pormenores sobre as exigências e as concessões.

O sindicato dos controladores de tráfego aéreo convocou uma greve, alegando falta de resposta às suas reivindicações, incluindo um reajuste salarial em função da depreciação do valor da moeda nacional e da consequente redução do poder de compra,

Entre outras exigências, os controladores aéreos reclamam igualmente pela melhoria das condições sociais e laborais, em geral.

A direção da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENANA) valorizou o “bom senso dos funcionários” ao longo das negociações, lamentando porém que a empresa "não tem condições" para satisfazer todos os pontos do caderno reivindicativo.

Prometeu todavia cumprir com a questão do reajuste salarial.

“Ontem ficamos nas conversações e conseguimos entender-nos pelo que faremos um reajuste que passa necessariamente pela taxa de inflação”, declarou o presidente do Conselho de Administração da ENANA, Manuel Ceita.

“Penso que imperou o bom senso de ambas as partes, quer da direção da empresa quer dos trabalhadores. Chegamos a um consenso e deve ser assim sempre, acompanharemos mais de perto o desenvolvimento económico e financeiro da empresa para o restante reajuste que será necessário fazer”, indicou.

-0- PANA IZ 12abril2017