Agência Panafricana de Notícias

Companhia Nacional Líbia de Petróleo preocupada com futuro de setor petrolífero

Tripoli, Líbia (PANA) - O bombardeio do navio petroleiro liberiano no porto de Derna (leste líbio) compromete as futuras chegadas de outros petroleiros aos portos da Líbia, lamentou terça-feira a Companhia Nacional líbia de Petróleo (NOC).

Também impacta negativamente o programa de abastecimento de hidrocarbonetos no mercado interno em diferentes regiões do país, lê-se num comunicado da NOC publicado no mesmo dia.

A NOC acrescentou que "isso vai afetar de maneira significativa o abastecimento de combustível, sobretudo durante o inverno, implicando diretamente uma baixa de produção da energia elétrica".

Todas as autoridades competentes estavam informadas sobre a chegada do navio petroleiro liberiano, fretado pela NOC, ao porto de Derna. Mas este último foi bombardeado por um aviâo, dois membros da tripulação morreram ao passo que três ficaram feridos, lê-se no documento.

A NOC anunciou estar a dar o melhor de si para definir todos os aspetos deste assunto, avaliando os danos e o estado atual do óleo para tomar novas medidas jurídicas necessárias para o efeito.

Lamentou profundamente o ataque contra instalações petrolíferas e de produção de gás resultante do conflito em curso no país, reiterando a sua imparcialidade, comprometendo-se a continuar a cumprir as suas responsabilidades com vista a garantir o acesso ao combustível em todas as cidades líbias.

O NOC e a Brega, uma empresa de comercialização do petróleo têm por incumbência fornecer o combustível e satisfazer as necessidades do mercado local para todos os tipos de combustíveis provenientes de vários fornecedores internos e externos.

Dois membros da tripulação de um petroleiro ostentando a bandeira da Libéria foram mortos quando um avião militar não identificado o bombardeou quando estava ancorado no porto líbio de Derna.

No entanto, o porta-voz do Estado-Maior do exército líbio, Ahmed Al-Mesmari, indicou que o petroleiro em causa tinha sido advertido para não se aproximar das costas da Líbia.

O capitão de bordo recusou-se a cumprir as ordens e apagou as luzes para camuflar e enganar a vigilância, expondo-se aos bombardeios, denunciou.

Porém, o Ministério grego dos Negócios Estrangeiros condenou terça-feira última, num comunicado, este ato qualificando-o de "bárbaro".

-0- PANA BY/DIM/DD 07jan2015